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Mundo Após detenção na Itália, líder separatista que declarou independência da Catalunha é libertado

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O líder independentista e ex-presidente catalão Carles Puigdemont terá que comparecer a um tribunal italiano no próximo dia 4 de outubro. (Foto: Reprodução/Twitter)

O líder independentista e ex-presidente catalão Carles Puigdemont, detido na noite de quinta-feira (23), foi libertado nesta sexta-feira (24), mas terá que comparecer a um tribunal italiano no próximo dia 4 de outubro, data da primeira audiência sobre sua extradição. Inicialmente, havia sido divulgado que o político não poderia sair da ilha da Sardenha até a conclusão do processo, mas o mandado de soltura não inclui nenhuma medida cautelar.

O eurodeputado, que se refugiou em Bruxelas após a fracassada tentativa de independência da Catalunha, em 2017, havia sido preso logo após desembarcar no aeroporto de Alghero, cidade onde ele participaria de um evento cultural neste fim de semana.

Puigdemont passou a noite na prisão de Bancalí, em Sassari, município de 40 mil habitantes que tem uma importante herança catalã e é apelidado de “Barcelona sarda”. Segundo a juíza Plinia Azzena, da Corte de Apelação de Sassari, a detenção não foi ilegal, como alega a defesa, mas ainda assim “não há motivo” para aplicar a prisão preventiva neste caso.

“Já tinha pensado que isso poderia acontecer, na verdade sempre pensamos que isso pode acontecer”, disse Puigdemont a repórteres após ser libertado da prisão. “O que acontece é que a Espanha nunca perde oportunidade de fazer papel de boba.”

Sua detenção na quinta-feira, a terceira desde que Puigdemont fugiu da Espanha, voltou a colocá-lo no centro da política espanhola, onde ele é acusado por crimes de sedição e mau uso do dinheiro público. Puigdemont teve sua imunidade revogada em março e a Espanha exige sua extradição.

A prisão provocou críticas na Itália, tanto de partidos de esquerda quanto de direita. O líder ultranacionalista Matteo Salvini, por exemplo, disse que o país não podia se prestar a “vinganças pedidas por outras nações”, enquanto o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, afirmou que a polícia infringiu o “direito de livre circulação” de um eurodeputado.

Em Barcelona, a polícia espanhola precisou isolar uma grande avenida, depois que centenas de manifestantes se reuniram em frente ao consulado italiano, agitando bandeiras separatistas catalãs e gritando “Puigdemont, nosso presidente” e “Liberdade para Puigdemont”.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, voltou a dizer que Puigdemont precisa se submeter à Justiça, mas ressaltou o diálogo com o atual governo da Generalitat, hoje nas mãos do ERC (Esquerda Republicana da Catalunha). Em junho, nove líderes separatistas catalães que receberam indulto do governo espanhol foram soltos depois de passarem mais de três anos presos.

“Hoje, mais do que nunca, é importante reivindicar o diálogo, porque o diálogo é a única via para o reencontro”, afirmou Sánchez.

Pere Aragonès, atual presidente do governo independentista catalão, no entanto, havia exigido a “libertação imediata” do antecessor e anunciou que viajaria à Sardenha.

“A detenção de Puigdemont mostra que o Estado espanhol não agiu de boa fé diante da Justiça europeia e é evidente que não ajuda para uma resolução do conflito”, afirmou.

A região de 7,7 milhões de habitantes viu-se diante de uma grave crise política em 2017 quando seu governo regional, desobedecendo a diversas ordens dos tribunais de Madri, organizou um referendo pela independência da região considerado ilegal. Apesar da participação minoritária dos eleitores – apenas 43% deles foram às urnas – a votação reuniu dois milhões de pessoas e ficou marcada por uma violenta repressão policial cujas imagens correram o mundo.

Algumas semanas depois, os líderes do governo catalão anunciaram a independência do Parlamento regional, suspendendo-a em seguida. Foi, contudo, o suficiente para que o governo central, então sob o comando do conservador Mariano Rajoy (PP), destituísse o Executivo regional e pusesse seus líderes atrás das grades. Puigdemont, que é eurodeputado, se refugiou em Bruxelas. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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