Domingo, 27 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2025
Um asteroide de 67 metros deve passar a cerca de 633.000 quilômetros da Terra nesta segunda-feira (28). O tamanho do corpo celeste é comparável ao de um prédio de 20 andares ou a um avião de grande porte.
Embora, em termos espaciais, o asteroide 2025 WO vá passar próximo ao nosso planeta, a Nasa (agência espacial norte-americana) assegura que não há risco de colisão e que encontros desse tipo são rotineiros.
Na verdade, eles são tão rotineiros que deve acontecer mais quatro vezes desde sexta-feira (25) até segunda (28). Cinco asteroides com tamanhos entre 30 e 70 metros devem se aproximar da Terra nesses próximos dias.
Todos eles estão sendo monitorados pela Nasa e devem seguir seus caminhos de maneira segura, sem risco de colisão.
Para ser classificado como potencialmente perigoso pela agência espacial, um corpo celeste precisa ter mais de 140 metros de diâmetro e se aproximar a 7,5 milhões de quilômetros ou menos da órbita da Terra.
“Aproximações acontecem o tempo todo. É apenas parte da estrutura do sistema solar”, falou Davide Farnocchia, especialista em asteroides do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da Nasa, em entrevista à ABC News sobre o 2025 WO. “Sabemos exatamente onde ele estará. Provavelmente saberemos onde ele estará pelos próximos 100 anos.”
Outro corpo rochoso, o 2018 BE5, também se aproxima no dia 28, seguido por 2025 OR no dia 31 e 2019 CO1, previsto para agosto. Todos estão sendo acompanhados pela Nasa e não representam ameaça.
Já impactos com objetos pequenos são mais frequentes do que se imagina, cerca de uma vez por década. Por outro lado, colisões com rochas de 50 metros ou mais são muito raras, com intervalos de mil a dez mil anos.
Asteroides realmente grandes, capazes de causar destruição em larga escala, são ainda mais raros. Pelas melhores estimativas dos cientistas, algo do tipo só ocorre a cada 20 mil anos ou mais.
Colisão
Em outra frente, um asteroide do tamanho de um prédio pode atingir a Lua em sete anos, de acordo com a Nasa. Se o evento de fato ocorrer, a colisão provocará um clarão que poderá ser visto da Terra a olho nu, enquanto os detritos podem atingir sondas espaciais e satélites.
O asteroide foi batizado de 2024 YR4. Com 60 metros, ele tem 4,3% de chance de atingir a Lua em 2032. Embora pequena, a possibilidade está aumentando. Na última estimativa, essa chance era de 3,8%, relata reportagem da CNN norte-americana.
O impacto seria um evento único para a humanidade testemunhar. Os cálculos sugerem que o impacto tem maior chance de acontece no lado da Lua que pode ser visto da Terra. A colisão criaria um clarão que seria visível a olho nu por muitos segundos, de acordo com Paul Wiegert, professor de astronomia e física na Western University, no Reino Unido.
A colisão criaria uma cratera de 1 quilômetro de diâmetro. O maior impacto na Lua em 5.000 anos liberaria até 100 milhões de quilos de rochas e poeira lunar, de acordo com a modelagem do estudo de Wiegert. Como a Lua não tem atmosfera, seus detritos se espalhariam pela superfície lunar.
Esses fragmentos também podem atingir estruturas pertencentes à Terra. Satélites que orbitam o planeta, incluindo aqueles utilizados para navegação e comunicação, podem sofrer danos. Na própria Lua, detritos de algumas dezenas de centímetros podem pôr em risco astronautas que estiverem no satélite natural da Terra, ou qualquer estrutura construída ali para pesquisa e habitação, segundo Wiegert.