Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 21 de novembro de 2015
A confirmação, na quinta-feira, da morte do belga Adbdelhamid Abaaoud durante uma operação antiterrorista na cidade francesa de Saint-Denis aumentou a pressão sobre os serviços de inteligência da Bélgica, acusados de falhas que teriam permitido os atentados que deixaram ao menos 130 mortos em Paris (França), na sexta-feira. Considerado o mentor do múltiplo ataque, Abaaoud era o jihadista mais procurado pelo país desde janeiro, quando um plano de atentado contra o país, supostamente elaborado por ele, foi frustrado pela polícia. Na época, o terrorista afirmou, em entrevista à revista do Estado Islâmico, Dabiq, que teria viajado clandestinamente da Síria à Bélgica para preparar o ataque e conseguido deixar o país.
As autoridades belgas também foram criticadas por não terem monitorado os passos dos irmãos Brahim e Salah Abdeslam, apesar de tê-los fichado como radicais. Brahim é um dos terroristas que atacou bares e restaurantes na capital francesa antes de se suicidar. Salah, suspeito de ter participado da mesma equipe e de ter alugado os carros e os apartamentos utilizados pelos terroristas, continua foragido.
Em janeiro a polícia turca alertou as autoridades belgas de que Brahim tinha sido detido no país quando tentava entrar na Síria. De volta à Bélgica, ele foi interrogado junto a Salah e a procuradoria federal considerou que ambos “não mostravam sinais de possível ameaça”.
(BBC)