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Carlos Roberto Schwartsmann Bandeira preta: Suécia, Brasil e Rio Grande do Sul

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No Human Capital Index, que avalia educação e saúde a Suécia está em 8º lugar e nós no 77º. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

No território do Brasil cabem 20 Suécias!

Nossa população é 21 vezes maior!

A Suécia pertence ao primeiro mundo e o Brasil ao mundo em desenvolvimento.

A população de imigrantes é de 19,8% e no nosso País somente 0,3%.

A taxa de juros lá é zero% e a nossa hoje é de 2,75%.

A renda per capita média anual é de 55.000 dólares. No Brasil é de 4250 dólares.

A expectativa de vida entre nós é de 76 anos e lá 84 anos.

No nosso País 47% não tem rede de esgoto. Na Suécia 0,5%. Lá todos têm água tratada, mas aqui ainda existe 16% de brasileiros que bebem água insalubre.

O analfabetismo lá é de 0,1%. Entre nós a média é de 6,8%, mas no Nordeste alcança 14%. No Brasil vivem 11 milhões de pessoas que não sabem ler, nem escrever. É exatamente uma Suécia inteira!

O índice de desenvolvimento humano (IDH) da Suécia é 0,93 (6º lugar no mundo). O nosso é 0,76 (84º lugar). Na América Latina somos o 6º lugar!

A taxa de homicídios na Suécia é 1,0/100.000. No Brasil é 27,3/100.000. Vinte e sete vezes maior!!

No Global Peace Index, que mede a criminalidade, segurança e proteção das pessoas a Suécia está em 14º lugar e o Brasil em 106º.

No Human Capital Index, que avalia educação e saúde a Suécia está em 8º lugar e nós no 77º.

Em relação a despesa com saúde gastamos 349 euros por pessoa por ano e lá são gastos 4303 euros.

No índice da corrupção (Corruption Perceptions Index) a Suécia está em 3º lugar entre os menos corruptos. Nós estamos no 94º lugar!

Na pandemia, graças ao epidemiologista Anders Tegnell e, contrariando todos países Europeus, a SUÉCIA adotou política contra o LOCKDOWN.

Argumentou que esta escolha NÃO TEM NENHUM FUNDAMENTO CIENTÍFICO e que a pandemia só iria desaparecer, como já aconteceu em outras vezes na história, com a chegada da vacina ou quando alcançarmos a imunidade de rebanho (herd immunity).

Os Suecos mantiveram o país aberto todo o tempo: colégios, lojas, fabricas, bares, restaurantes, academias, comércio, etc.

Para defender esta escolha, tinha a seu favor a constituição Sueca que protege extremamente a liberdade individual. Entretanto, Tegnell conclamou e convenceu os Suecos para necessidade do distanciamento social voluntário pela responsabilidade individual. Nenhuma reunião ou encontro com mais de 50 pessoas seria permitido!

Solicitou auxilio da MÍDIA para que ela fosse realista, mas a mais ÉTICA possível. Ela não deveria ser alarmante, nem ser arauto do caos. Ela deveria tranquilizar o povo! As imagens dramáticas nos hospitais, dos entubados na UTI e dos mortos não eram bem-vindas.

Obviamente, qualquer comparação da Suécia com o Brasil, pelo exposto acima, é inadequada ou indevida.

Mas ela pode ser comparada com Estados brasileiros. Principalmente com o RGS que tem mais ou menos o mesmo tamanho e população.

A população do RGS é de 11,4 milhões.

A população da Suécia é de 10,3 milhões.

Hoje o número de mortos pela covid no RGS é de 23.271 e na Suécia 13.780. Quase o dobro!

Lamentavelmente e tristemente, existe a perspectiva de que a diferença nos números tem tendência a aumentar.

Será que Tegnell teria razão?!?!

Brasil e Suécia são incomparáveis!!!

Mas, comparando, só nestes números: AQUI, NO RGS, A BANDEIRA PRETA FOI INEFICAZ!!

(Dados obtidos em 20 de abril de 2021).

 

Prof. Dr. Carlos Roberto Schwartsmann – médico e professor

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/bandeira-preta-suecia-brasil-e-rio-grande-do-sul/ Bandeira preta: Suécia, Brasil e Rio Grande do Sul 2021-04-21
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