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Mundo Bilionários enchem cofres de Donald Trump de olho em menos impostos

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Eleições nos Estados Unidos: Wall Street não vê ameaça à democracia. (Foto: Reprodução)

A princípio tímido, o que já foi batizado por parte do jornalismo político americano como o “retorno dos endinheirados” começou em março, quando Donald Trump alcançou a maioria dos delegados nas primárias do Partido Republicano à Casa Branca. Se intensificou desde então e arqueou sobrancelhas mais distraídas na última quinta-feira (13), quando o ex-presidente se reuniu, a portas fechadas, em Washington, com cerca de 90 CEOs de corporações americanas, entre eles Jamie Dimon (JP Morgan Chase), Jane Fraser (Citigroup), Brian Moynihan (Bank of America), Doug McMilon (Walmart), Charles W. Shcarf (Wells Fargo) e Tim Cook (Apple), em evento da Business Roundtable, associação dedicada ao lobby empresarial. Convidado, o presidente e candidato à reeleição Joe Biden não pôde ir, pois viajaria para a Cúpula do G7, na Itália.

O canto de sereia de Trump foi resumido, reservadamente, por um dos participantes do encontro, como um “retorno aos anos dourados de 2017”. O editor de Opinião da Bloomberg, Robert Burgess, foi menos curto e propositadamente mais grosso: “Os bilionários têm memória seletiva. Basta olhar a economia americana hoje para perceber que seu real objetivo é o retorno das esmolas dadas pelo ex-presidente aos ricos e o afrouxamento das regulamentações impostas por Biden.”

A viagem de Trump a Washington foi recheada de simbolismos. Além da “conversa informal” de uma hora e meia com os CEOs, ele também retornou ao Capitólio pela primeira vez desde a invasão do prédio por manifestantes trumpistas em janeiro de 2021, que levou a um dos processos de impeachment que enfrentou. Além da mensagem de um partido unificado, o ex-presidente buscou, em um tour de estadista, aparar as arestas com alguns dos nomes mais ricos do país.

Despesas na Justiça

Dólares e números importam mais do que nunca na disputa acirrada, em que Biden e Trump aparecem em empate técnico na maioria das pesquisas e projeções – e em que o republicano usa fundos de campanha para pagar despesas na Justiça.

Até o fim de abril, Biden, detentor da caneta presidencial, celebrava folgada frente de 35 milhões de dólares em relação a Trump. Vantagem fundamental para garantir a compra de mais espaço em canais de TV locais nos estados decisivos, menos “tribalizados” do que as redes de notícias 24h.

No mês passado, no entanto, os republicanos anunciaram 141 milhões de dólares em doações, das quais pouco mais de 53 milhões de dólares recebidas nas 24 horas após a condenação judicial de Trump, inédita para um ex-presidente.

Um júri em Nova York decidiu no dia 30 de maio que o então candidato falsificou registros do pagamento de 130 mil dólares à ex-atriz pornô Stormy Daniels e assim encobriu escândalo sexual com potencial de afetar sua vitoriosa corrida à Casa Branca em 2016. A sentença sai mês que vem, pouco antes da Convenção Republicana, mas não o impede de seguir na disputa. E, ao que tudo indica, com mais dinheiro no bolso.

A campanha trumpista não anunciou o acumulado. Os democratas, por sua vez, não informaram o consolidado de maio, mas em nenhum mês chegaram perto do recorde adversário. Tudo indica que Trump ultrapassou o adversário no cômputo total.

O argumento público dos bilionários para reconsiderarem Trump é a preocupação com os rumos da economia com Biden, marcado pela alta da inflação na primeira metade de seu governo, e o receio de aumento do gasto público. Mas analistas dos dois lados do espectro político concordam que o que se deseja mesmo é menos impostos e regulamentações para os negócios.

Mais especificamente: a manutenção da Lei de Redução de Impostos e Aumento de Empregos, aprovada por Trump no “ano dourado” de 2017, que expira justamente no ano que vem. Democratas têm expressado seu desejo de deixar a medida caducar. Para eles, ao diminuir a taxação sobre lucros das empresas, beneficiou-se de forma desproporcional a parcela mais rica da população e aumentou-se o déficit fiscal do país. Trump prometeu mais cortes.

Estudo do Institute on Taxation and Economic Policy (ITEP) divulgado mês passado mostra que as 296 maiores empresas do país economizaram 240 bilhões de dólares entre 2018 e 2021 por conta da alteração. Nesse período, lucraram 44% a mais e pagaram 16% a menos ao governo federal. Porém, com a pandemia de Covid-19 no meio, Trump deixou o governo com uma redução de 2,7 milhões de postos de trabalho, de acordo com o Banco Central americano. Algo somente registrado na Grande Depressão, em 1929. As informações são do O Globo.

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