Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2022
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira (11) que pretende conceder aumento a policiais federais e agentes penitenciários caso seja alcançado um acordo com as demais categorias de servidores.
Em entrevista à TV Brasil, o presidente reconheceu que a intenção de reservar aproximadamente 2 bilhões de reais para recomposição de salários de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários gerou polêmica e motivou outras categorias a também demandarem por aumentos.
“Houve uma grita geral, muitos servidores querem aumento também. Eu acho que todos merecem aumento, todos merecem, realmente, porque trabalham, mas a pandemia nos deixou em uma situação sem recurso”, disse o presidente.
“Se houver entendimento por parte dos demais servidores, que alguns ameaçam greve, etc, a gente pretende conceder essa recomposição aos policiais federais, rodoviários federais e os agentes penitenciários”, acrescentou.
“Se não houver o entendimento, a gente lamenta e deixa para o ano que vem.”
Ainda em janeiro, entidades que representam carreiras do funcionalismo promoveram manifestações em Brasília, em movimento que se somou à entrega de cargos de chefia em parte das categorias e redução na prestação de serviços.
Os protestos foram um recado inicial ao governo, adiantando que uma greve por tempo indeterminado está no cardápio de ações caso não haja avanço nas negociações.
Também no mês passado, Bolsonaro já havia dito que ou se conseguia reajustar os servidores de segurança ou todos ficariam sem reajuste. “Fica aquela velha pergunta a todos: vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano?”, questionou.
OCDE e privatizações
O presidente também comentou a formalização do convite para que o Brasil inicie o processo de entrada na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
“O mercado acredita na gente, nossa política externa é muito boa. A entrada na OCDE é um carimbo de bom companheiro para negócios com o Brasil. Esse noivado vai demorar, em média, 4 anos. Em 2024, 25, devemos ter concretizada essa entrada na OCDE”, comemorou.
Sobre as privatizações de empresas estatais, Bolsonaro afirmou que a complexidade burocrática dos processos é um empecilho para a oferta de estatais a parcerias público-privadas ou para venda total das operações. O presidente afirmou, ainda, que o preço atual dos combustíveis pode ser atribuído à falta de privatizações necessárias no Brasil. “Temos muita coisa em andamento, porque é demorado realmente. O preço do combustível em parte é por conta disso. Se tivesse concluído refinarias, não precisaríamos estar importando diesel e gasolina de outros países”, explicou. As informações são da agência de notícias Reuters, do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.