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Educação Cai o número de jovens brasileiros que não estudam e nem trabalham

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Pelo menos 18,5% dos brasileiros entre os 15 e os 29 anos de idade não estudavam nem trabalhavam em 2024. (Foto: EBC)

Pelo menos 18,5% dos brasileiros entre os 15 e os 29 anos de idade não estudavam nem trabalhavam em 2024, conforme dados inéditos divulgados ontem na nova edição da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados expõem ainda contrastes no ensino brasileiro, com avanços na conclusão da educação básica, mas outros índices ainda abaixo do período pré-pandemia de covid-19.

No total, o grupo chamado de nem-nem, reúne 8,9 milhões de jovens. A proporção é a menor desde 2019, quando a taxa foi de 22,4%, mas ainda é considerada muito alta.

O problema é pior entre as mulheres. Na faixa etária dos 15 aos 29 anos praticamente uma em cada quatro (24,7%) não estuda nem trabalha, quase o dobro da porcentagem registrada entre os homens (12,5%). O que pode explicar a diferença, no caso delas, é que muitas deixam de estudar para se ocupar do trabalho doméstico não remunerado ou se afastam por gravidez.

A desigualdade surge com ainda mais profundidade no recorte por raça. A proporção de pessoas pretas ou pardas que não estavam ocupadas nem estudavam (21,1%) em 2024 é bem superior à de brancos na mesma condição (14,4%).

Conforme os novos números, os brasileiros na faixa etária dos 15 aos 29 anos são 48 milhões. Desse total, 18,5% não estudava nem trabalhava, 16,4% estudava e trabalhava e, a maioria, 39,4%, trabalhava e não estudava. Além da queda no número de nem-nem, os números revelam um aumento de 2,6 pontos porcentuais entre os que só trabalhavam frente aos índices de 2019.

Na análise dos pesquisadores, as diferenças ocorrem por causa da maior demanda do mercado de trabalho e não necessariamente por uma busca maior pela educação.

O peso da educação pública no Brasil também aparece na compilação. Em 2024, entre todas pessoas que pelo menos frequentaram um curso de nível superior (completando ou não), 72,6% tinham cursado o nível médio exclusivamente na rede pública, e, entre aqueles que pelo menos frequentaram especialização, mestrado ou doutorado, 59,3% haviam cursado o nível médio inteiramente em escolas públicas.

A necessidade de trabalhar (48%) foi o principal motivo apontado por homens e mulheres para abandonar a escola. Esse ainda é um dos principais gargalos da educação no País. Na tentativa de frear o problema, o governo federal lançou no ano passado o programa Pé-de-Meia, que prevê auxílios financeiros aos jovens que seguem nas salas de aula durante o ensino médio.

“Os motivos para o pessoal do ensino médio em diante abandonar a escola é a necessidade de trabalhar, que ainda é um problema muito grande”, afirmou a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy. “Precisamos de ferramentas políticas de retenção na escola para que se aprimorem e, no futuro, possam entrar no mercado de trabalho já formadas, com maior capacidade de desenvolver suas potencialidades. Esta Pnad ainda não consegue captar os efeitos do Pé-de-Meia.”

Em 2024, pessoas com 15 anos ou mais que iam à escola representavam 77,5% do total – uma queda em relação ao índice de 2016, de 83%. No ensino superior e na especialização, mestrado ou doutorado, porém, as porcentagens subiram, respectivamente, de 14,6% para 16,8% e de 2,8% para 5,5%.

“Os dados mostram que cada vez mais as pessoas estão indo para a escola e permanecendo por mais tempo”, disse Adriana. “Muitos identificam caminho de evolução profissional por meio do estudo e, com isso, a demanda pelo ensino superior aumenta.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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https://www.osul.com.br/cai-o-numero-de-jovens-brasileiros-que-nao-estudam-e-nem-trabalham/ Cai o número de jovens brasileiros que não estudam e nem trabalham 2025-06-15
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