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Por Redação O Sul | 9 de junho de 2017
A Caixa Econômica Federal negou, em nota divulgada nesta sexta-feira, que esteja tomando medidas em represália ao grupo J&F. De acordo com a estatal, não são verdadeiras as notícias divulgadas pela imprensa que o banco está sendo usado pelo governo para retaliar a JBS/Friboi por conta das delações premiada dos donos do conglomerado empresarial. No texto, a Caixa alega que suas decisões são técnicas.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal, os representantes da JBS se queixaram que a Caixa decidiu cobrar antecipadamente uma dívida, prevista para vencer em 2018. “A versão de que o governo estaria usando a Caixa para retaliar o Grupo J&F também não é verdadeira e tumultua o ambiente negocial, prejudicando a todos e gerando dúvidas no mercado”, diz o texto.
Envolvido em escândalos, o grupo está procurando os bancos para renegociar e alongar suas dívidas. Nos bastidores, o governo determinou aos órgãos fiscalizadores que apertem o certo à holding, conforme reportagem publicada nessa sexta-feira pelo jornal O Globo.
Na nota, a Caixa informa que não houve antecipação da cobrança da dívida com a Flora, empresa do grupo e dona das marcas Minuano e Neutrox. De acordo com o banco, o contrato previa o encerramento do contrato.
“Nas negociações com o grupo J&F, as análises e posicionamentos no âmbito da Caixa situam-se exclusivamente na esfera técnica e buscam preservar, sempre e apenas, o interesse da instituição. No caso envolvendo a empresa Flora, não houve antecipação de vencimento de dívida, mas sim o vencimento normal da obrigação, conforme previsão contratual”, ressaltou a direção da estatal.