Sábado, 21 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2023
A presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano, disse nessa quinta-feira (17), que o banco deve ter novidades nas loterias no segundo semestre deste ano. Segundo ela, a instituição deve voltar a assumir as “raspadinhas”, como a loteria instantânea é conhecida.
“Estamos nos preparando para voltar a assumir a loteria instantânea”, disse a executiva, em entrevista à imprensa para comentar os resultados do banco no segundo trimestre.
A Caixa operou a antiga Lotex até 2016, quando a modalidade foi extinta pelo governo de Michel Temer (MDB).
A recriação da loteria é um projeto da equipe econômica do governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que planeja arrecadar até R$ 5 bilhões com o produto, de acordo com informações divulgadas pela imprensa.
Serrano disse ainda que a Caixa quer competir em outras modalidades de loteria, mas não deu maiores detalhes.
Lucro
Rita Serrano disse que o resultado do banco no segundo trimestre deste ano reflete a retomada do papel público, após a transição entre os governos Bolsonaro e Lula. Segundo ela, mesmo sob pressão, sua gestão tem apresentado resultados competitivos.
“O lucro do segundo trimestre é positivo, um crescimento de 40% em um ano, baseado em crédito”, disse ela. “Mesmo com a gestão sob forte pressão, apresentamos resultado de agente que disputa no sistema financeiro.”
As especulações sobre a reforma ministerial do governo Lula, para acomodar partidos do chamado Centrão, envolvem uma possível substituição de Serrano à frente da Caixa. Quando questionada sobre o tema, ela diz que o cargo pertence a Lula, e que a recomendação dele tem sido de que ela continue o trabalho.
A executiva voltou a dizer que sua gestão encontrou o banco sucateado em termos tecnológicos, e com uma série de problemas na gestão de pessoas. “Em apenas seis meses, fizemos com que a Caixa retomasse papel no desenvolvimento do País”, afirmou.
Destaque
De acordo com a companhia, o principal destaque do balanço deste trimestre é o aumento de 16,7% na margem financeira. Esse é um indicador operacional que representa a diferença entre todas as receitas da empesa (geradas, principalmente, a partir da cobrança de juros sobre os clientes) e as despesas. Quanto maior a margem, melhor.
No segundo trimestre, a margem financeira da Caixa foi de R$ 14,9 bilhões.
Além disso, a receita com prestação de serviços também cresceu e chegou a R$ 6,3 bilhões entre abril e junho, uma variação positiva de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já a carteira de crédito do banco encerrou o segundo trimestre com um saldo de R$ 1,06 trilhão, alta de 14,4% em um ano. Essa carteira é a somatória de todo o saldo devedor de empréstimos e financiamentos realizados pelo banco.
A Caixa entregou R$ 132,5 bilhões em crédito no período, com destaque para os segmentos:
*Agronegócio, com alta de 60,5%;
*Crédito imobiliário, com alta de 15%;
*Crédito para pessoa jurídica, com alta de 11,8%;
*Crédito comercial para pessoa física, com alta de 9,6%; e
*Saneamento e infraestrutura, com alta de 5,3%.