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Política Presidente do Banco Central diz que nunca conversou com o governador paulista sobre ocupar eventual ministério

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"Eu nunca falei isso, nem o Tarcísio", garante Campos Neto. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nunca ter recebido proposta alguma para ocupar um ministério em uma eventual gestão de Tarcísio de Freitas (governador de SP) como presidente da República. “Eu nunca falei isso, nem o Tarcísio, em nenhum momento”, disse, em entrevista coletiva em São Paulo. Segundo Campos Neto, o esclarecimento só veio agora porque o Comitê de Política Monetária (Copom) estava em período de silêncio.

A possibilidade de que o dirigente da autarquia monetária fosse indicado ao ministério da Fazenda de uma eventual futura gestão de Tarcísio no Planalto surgiu quando Campos Neto compareceu à festa em sua homenagem feita pelo governador de São Paulo.

Sobre sua proximidade com Tarcísio, Campos Neto afirmou que eles são “muito amigos” e conversam sobre economia, assim como o mandatário do BC faz “com outros agentes” políticos.

O presidente do BC destacou que as duas famílias (a dele e a de Tarcísio) são próximas e por isso eles “têm uma amizade grande”. Ele também afirmou que tiveram poucas conversas sobre política e, nessas ocasiões, teve a percepção de que “ele não é candidato agora (para presidência)”.

Sobre seu futuro fora do Banco Central, ele disse que suas áreas de atenção e de foco são “tecnologia e finanças”. Também acrescentou que não tem “pretensão de me candidatar a nada, nem de ser político”, e negou que tenha atuado como conselheiro político de Tarcísio, ao ser questionado sobre isso:

“Ele está fazendo um trabalho tão bom. A última coisa que ele iria fazer é pedir um conselho para mim, que não entendo nada de política. Ele tem pessoas próximas que ele pode se aconselhar”, disse Campos Neto.

Em um momento em que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva tem escalado as críticas ao comando do BC, Campos Neto também disse que o “tempo vai dizer que o trabalho foi técnico” e que as análises feitas após sua sucessão vão certificar essa tecnicidade. O presidente do BC ressaltou, no entanto, que não cabia a ele discutir política.

Lula subiu o tom na última semana em críticas contra Campos Neto. Em entrevista à rádio CBN, no dia 18 de junho, o mandatário afirmou que o comando do BC era a única coisa “desajustada” na economia do país e que Campos Neto “trabalha muito mais para prejudicar o país do que ajudar”.

O petista também citou a relação do presidente do BC com Tarcísio e o comparou ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que rebateu a fala do presidente dizendo que a comparação é uma “nuvem de fumaça” para a “incompetência” do governo Lula na área da economia.

Campos Neto acrescentou que a diretoria do Banco Central está “coesa” para diminuir qualquer tipo de dúvidas em relação ao BC. Ele ressaltou, no entanto, que “ruídos políticos” atrapalham as condições macroeconômicas do País, ao ser questionado sobre falas de Lula:

“Em momentos de pronunciamento você teve piora em algumas variáveis macroeconômicas, em alguns preços de mercado. É óbvio que quando você aumenta o prêmio de risco, por qualquer razão, esse aumento de prêmio de risco com volatilidade faz com que o trabalho fique mais difícil.”

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