Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2022
O chefe da inteligência militar da Ucrânia disse nesta sexta-feira (13) que o presidente russo, Vladimir Putin, está “gravemente doente” em decorrência de um câncer e que um golpe já está em andamento na Rússia para removê-lo do poder.
“Podemos confirmar que Putin está em péssimas condições psicológicas e físicas. Está muito doente. Ele sofre de várias doenças ao mesmo tempo, uma delas é o câncer”, disse o major-general Kyrylo Budanov ao canal britânico “Sky News”, sem fornecer detalhes ou provas de suas declarações.
O ucraniano disse que a mudança de liderança no Kremlin já está sendo planejada e antecipou um suposto golpe de Estado para retirar Putin do poder.
Budanov previu ainda que a guerra na Ucrânia deve terminar apenas no final do ano.
O estado de saúde do presidente russo tornou-se uma das grandes questões em meio à guerra na Ucrânia. Recentemente, a mídia independente russa Proekt disse que ele estaria enfrentando um câncer na tireoide após uma longa investigação. No entanto, o Kremlin negou os rumores sobre a suposta doença.
Além disso, um relatório de inteligência do Pentágono e da Ucrânia, citados pela imprensa internacional, já havia informado que Putin estava com câncer terminal, mas de intestino. No entanto, nenhuma especulação foi confirmada.
Putin e Zelensky
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou que um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky é “impossível” de acontecer no momento.
“Não há progresso na elaboração de um possível documento que Putin e Zelensky possam assinar. A Rússia não é contra um encontro entre os dois presidentes, mas é impossível realizar sem uma preparação adequada”, disse Peskov, citado pela agência de notícias russa Tass.
A declaração do porta-voz do Kremlin acontece pouco tempo depois de Zelensky ter afirmado em uma entrevista ao talk show “Porta a Porta”, da emissora Rai, que está pronto para negociar com o mandatário da Rússia, mas desde que não haja “ultimatos”.
As negociações para um cessar-fogo estão travadas desde o fim de março, quando a Ucrânia se comprometeu a não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas desde que tivesse caminho livre para entrar na União Europeia e garantias de segurança por parte de potências internacionais.
Além disso, as duas nações não avançaram nas conversas sobre o destino da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e do Donbass, zona leste onde ficam as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk.
Em um telefonema nesta sexta-feira (13) com o chanceler alemão, Olaf Scholz, Putin insistiu que a Rússia luta contra a “ideologia nazista” na Ucrânia. O chefe de Estado enviou tropas ao país pró-ocidental em 24 de fevereiro afirmando que Kiev precisava ser “desmilitarizada” e “desnazificada”.
“A atenção foi atraída para as contínuas violações do direito internacional humanitário por militantes que defendem a ideologia nazista e usam métodos terroristas”, informou o Kremlin após a ligação.
O mandatário reiterou que a operação militar de Moscou em território ucraniano mira proteger a população de língua russa do leste da Ucrânia. Putin também acusou Kiev de “bloquear” as negociações de paz. As informações são da agência de notícias Ansa.