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Política Chega a 738 o número de delegados e chefes da Receita que deixaram cargos

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A entrega de cargos de chefia não significa abandono, mas torna o trabalho da Receita impraticável em muitas áreas. (Foto: Divulgação/Receita Federal)

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco) informou nesta segunda-feira (27) que chegou a 738 o número de auditores da Receita Federal que entregaram cargos de chefia em protesto ao governo. Na última quinta (23), o número de auditores que haviam aderido à iniciativa estava em 635.

De acordo com o Sindifisco, o número representa 93% dos delegados (chefes de unidade) em todo o País. O sindicato diz que todas as áreas são afetadas com a paralisação, principalmente as alfândegas, portos e aeroportos, e pontos de fronteira, com maior lentidão nas importações e exportações – a chamada “operação padrão”.

“A semana de recesso de final de ano acaba gerando menor impacto, pois o volume de cargas é pequeno. Mas em janeiro a tendência é haver um represamento importante, inclusive de importações e exportações de alimentos”, afirma o sindicato em nota.

De acordo com o comunicado divulgado, os auditores aguardam uma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, mas não houve retorno até o momento. “Enquanto não houver uma sinalização inequívoca por parte do governo de que a pauta da categoria será atendida, o movimento tende a recrudescer”, diz o sindicato.

A entrega de cargos de chefia não significa abandono, mas torna o trabalho da Receita Federal impraticável em muitas áreas, com a chamada “operação padrão”.

A revolta dos auditores com o governo teve início após o Orçamento de 2022 aprovado pelo Congresso Nacional cortar verbas do órgão e reservar espaço fiscal para reajuste de salário apenas de policiais federais, uma demanda direta do presidente Jair Bolsonaro (PL), que estuda uma forma de conter a insatisfação nas demais carreiras do funcionalismo.

Na carta de exoneração, os delegados dizem que a Receita teve seu orçamento reduzido em 51,4% só na parte da tecnologia da informação. Segundo o documento, os cortes afetam principalmente a administração das unidades e a gestão de soluções informatizadas e que há risco de não haver recursos para o pagamento de contas de água e energia elétrica.

O texto afirma ainda que o corte no orçamento da Receita para 2022 é equivalente ao valor que foi destinado ao pagamento do aumento para carreiras Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

O orçamento aprovado prevê um valor de R$ 1,7 bilhão para esta finalidade. De acordo com o Ministério da Economia, o aumento salarial para a categoria se deve a uma “decisão do presidente da República”.

Os servidores também alegam que o governo descumpriu um acordo de 2016 do pagamento de um bônus de eficiência, no valor de R$ 450 milhões, após a reestruturação da carreira.

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