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Por Redação O Sul | 17 de janeiro de 2021
No Rio Grande do Sul, dos 245.877 inscritos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), 118.311 (48,1%) realizaram a prova neste domingo (17). Outros 127.566 (51,9%) não compareceram ao exame, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
O primeiro dia de prova do Enem 2020 teve abstenção de 51,5% dos candidatos inscritos em todo o País. Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, que começou a ser aplicada neste domingo (17), 2.842.332 faltaram às provas. Os dados são preliminares, tendo em vista que os números definitivos dependem da apuração do consórcio aplicador e serão informados na divulgação dos resultados do Enem.
O exame foi aplicado em 1.689 municípios. No total, foram 14.447 locais de aplicação e 201.380 salas de prova. Não houve aplicação no Estado do Amazonas e nos municípios rondonienses de Espigão D’Oeste e Rolim de Moura.
Segundo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, a abstenção recorde se deve principalmente ao medo da pandemia e a campanhas contrárias à realização do exame. Apesar disso, considera a aplicação vitoriosa. No ano passado, a abstenção no primeiro dia do Enem foi 23%. “Fico satisfeito com o que fizemos no meio de uma pandemia”, diz, “[Quero] qualificar o Enem no meio de uma pandemia como algo vitorioso para não atrasar mais a vida de milhões de estudantes”. Em 2009, o segundo ano de aplicação do Enem com a maior abstenção, a percentagem de inscritos que não compareceram foi de 37%.
Foram eliminados do exame 2.967 candidatos por não respeitarem as regras do Enem, entre elas, não cumprirem as medidas de segurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus, como usar máscara cobrindo a boca e o nariz durante toda a aplicação. Ao todo, 69 ocorrências foram registradas no País, entre elas, emergências médicas (2), desabastecimento de água (1), interrupção temporária de energia elétrica (60), além de questões relacionadas à infraestrutura do local de prova (4) e à segurança pública (2).
Estudantes relataram neste domingo que foram impedidos de entrar nos locais de aplicação porque as salas estavam cheias e seria preciso respeitar o distanciamento entre os participantes. Questionado, Lopes diz que a situação está sendo apurada. Esses participantes também terão direito a fazer a prova na data da reaplicação. Segundo o presidente, esse casos foram relatados em 11 locais de prova em Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Londrina (PR), Pelotas, Caxias do Sul e Canoas.
Também terão direito a reaplicação os 160.548 estudantes que fariam a prova no Estado do Amazonas, 2.863 em Rolim de Moura (RO) e 969 em Espigão D’Oeste (RO), por conta dos impactos da pandemia nessas localidades. Ao todo, segundo o ministro da Educação, foram quase 20 ações judiciais em todo o país contrárias à realização do Enem.
Neste domingo, os participantes resolveram itens de linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, além de escreverem a redação, com o tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”.
A prova segue no próximo domingo (24), quando serão aplicadas as provas de matemática e ciências da natureza. Este ano, o exame terá também uma versão online, que será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. As informações são do Inep e da Agência Brasil.