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Geral Com mais tecnologia e demanda por serviços online na pandemia, quadrilhas miram novas vítimas e os golpes se diversificam

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Pesquisa Ipec mostra que, no segmento entre 16 e 34 anos, 6 em cada 10 preferem não comentar o tema por causa da polarização. (Foto: Reprodução)

Os relatos são muitos e os métodos, variados. Poucas pessoas podem dizer que não conhecem uma vítima de golpe, ou ao menos quem foi alvo de uma tentativa de crime desse tipo. Com o avanço das tecnologias e a demanda maior por serviços online e de delivery na pandemia, as quadrilhas ampliaram os perfis de vítimas e agem de modo cada vez mais sofisticado.

O golpe do falso sequestro, que data de mais de uma década no País, dá lugar a abordagens mais sutis, que envolvem clonagem de aplicativos de mensagem e simulação de centrais telefônicas de bancos. As crises sanitária e socioeconômica contribuem para a alta de crimes. Há mais principiantes em compras online e no internet banking, por exemplo, o que deixa clientes suscetíveis. Por outro lado, não são poucos os que buscam alternativas de ganho rápido em investimentos – que se revelam fraudulentos – e acabam enganados.

Para Rafael Alcadipani, professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os golpes se tornaram um dos maiores problemas de segurança pública do País. “Mas a prova de que os golpes não são tratados como preocupação é que sequer temos estatísticas específicas para isso”, destaca. Veja abaixo uma lista com os golpes mais comuns.

Central telefônica

O golpe da central telefônica, ou golpe do motoboy, consiste em telefonar para a vítima se passando por atendente de banco e informar que ela teve o cartão clonado. O criminoso cria senso de urgência e solicita dados para que o bloqueio do cartão seja feito. Para passar credibilidade, as quadrilhas já têm dados prévios das vítimas, obtidos ilegalmente, e usam até músicas de espera de banco.

Após ganharem a confiança das vítimas, os supostos atendentes enviam um motoboy para buscar os cartões bancários com a justificativa de que irão levá-los para averiguação. Com os objetos em mãos, são feitas transferências para contas laranjas. Os golpes desse tipo cresceram na pandemia e vítimas de diferentes locais têm perdido quantias que ultrapassam R$ 20 mil.

Delegado de Polícia da 1ª Seccional de São Paulo, Roberto Monteiro explica que o golpe tem sido um dos mais frequentes na pandemia. Só em setembro, foram deflagradas ao menos duas operações, em São Paulo e no Distrito Federal, para prender quadrilhas especializadas. Elas tinham principalmente idosos como foco e aplicavam golpes também em cidades do interior.

Pagamento superfaturado

Uma variação do golpe do motoboy é o pagamento superfaturado, que em muitos casos é cometido ao receber delivery de comida. “O entregador vai levar a comida e leva uma máquina de cartão com o visor propositalmente arranhado ou quebrado. Insere valor bem mais alto e muitas vítimas não veem”, explica Monteiro. Ou a máquina de cartão pode estar adulterada, fazendo com que o valor cobrado seja diferente do mostrado no visor.

O golpe do pagamento superfaturado normalmente é cometido por criminosos que podem sair do local de pagamento logo em seguida, diminuindo as chances de serem achados. A indicação é sempre conferir o valor da compra e, quando não dá para se certificar pelo visor, solicitar outro meio de pagamento, como o Pix.

Cartão trocado

O golpe do cartão trocado é relatado principalmente por vítimas que fazem compras na rua e à noite, quando a visualização das transações é prejudicada. A dinâmica é simples: logo depois de o comprador fazer pagamento por meio de uma máquina, o atendente devolve outro cartão ao cliente. Do mesmo banco, para não gerar desconfiança, mas de outra pessoa. Normalmente são cartões perdidos.

Como nem todos conferem o próprio nome assim que recebem o cartão de volta, o golpe passa despercebido. Enquanto a vítima não se dá conta – provavelmente só vai notar quando tiver de fazer outra compra –, a quadrilha aproveita para fazer transferências e desviar dinheiro, sobretudo de cartões de crédito.

Para evitar este tipo de golpe, as dicas são não tirar os olhos do cartão quando for realizar transação financeira e, se notar que caiu em um crime, acionar a instituição financeira o mais rápido possível para o bloqueio.

Cartão clonado

O cartão devolvido pode ser o certo, mas há a possibilidade de ele ter sido clonado. Normalmente, isso é feito por criminosos que usam máquinas próprias para capturar dados das vítimas ou até em casos em que o objeto é filmado. Com informações como número de cartão e código de segurança, pode-se desviar o dinheiro das contas.

Publicações que circulam nas redes sociais indicam que, ao fazer entregas, normalmente de comida, criminosos deixam o celular apoiado na moto filmando de forma escondida as informações do cartão, como o código de segurança. Para ganhar tempo para a filmagem, dá-se a desculpa de que a máquina de pagamento está com problema e de demora para estabelecer o sinal.

Presidente da Safernet Brasil, Thiago Tavares diz que, ao se descobrir vítima de golpe como esse, o primeiro passo é entrar em contato “o mais rápido possível com a operadora do cartão ou com o seu banco, reportar o golpe e seguir as instruções por eles fornecidas”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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