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Agro Condição climática do Estado deve melhorar na próxima semana

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Equipes trabalhando em Porto Alegre após temporal.

Foto: Cristine Rochol/PMPA
Equipes trabalhando em Porto Alegre após temporal. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Nas próximas semanas, a chuva pode retornar ao Estado, afugentando a estiagem e impedindo o avanço de perdas na agricultura. É o que aponta o relatório técnico unificado da Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) e da Emater-RS sobre a estiagem e seus efeitos apresentado nesta quinta-feira (16), no Palácio Piratini.

O relatório, que será divulgado semanalmente, apresenta uma avaliação das condições meteorológicas de dezembro e da primeira quinzena de janeiro; situação atual das culturas de verão, olerícolas, frutíferas, pecuárias de corte e de leite; perdas computadas nos municípios que decretaram estado de emergência (até 16 de janeiro); e a previsão meteorológica de 16 a 22 de janeiro, além da tendência para o mês de fevereiro.

No próximo mês, a tendência é que a chuva volte para todo o Rio Grande do Sul, dentro da média histórica, mas ligeiramente abaixo do normal na Campanha e em áreas próximas à fronteira com o Uruguai. “Este novo cenário não indica um agravamento da situação, mesmo assim, o Estado continuará com as medidas anunciadas para aliviar os efeitos da estiagem”, assegurou o secretário em exercício da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez.

As principais ações do governo estadual são a contratação de empresas para a perfuração de 20 poços em áreas com extrema restrição hídrica e a realocação de recursos para o programa Troca Troca de Sementes, a fim de antecipar a semeadura de forrageiras.

Lavouras de soja

Com 99% da área prevista para a safra de 5.978.967 hectares já implantada, as lavouras de soja no Rio Grande do Sul estão 56% na fase de desenvolvimento vegetativo, 34% em floração e 10% em enchimento de grãos. As condições físicas do solo em termos de retenção de água têm estabelecido diferentes condições de desenvolvimento às plantas.

Em parte das lavouras em desenvolvimento vegetativo, vem ocorrendo murchamento de folhas; naquelas mais adiantadas, tem havido abortamento de flores nas primeiras camadas. Em solos mais rasos ocorre morte de plantas devido ao déficit hídrico (reboleiras). Em geral, o desenvolvimento das lavouras de soja ainda é satisfatório, ante a falta de umidade e às altas temperaturas ocorridas nas últimas duas semanas. A permanência dessas condições de tempo pode resultar em perdas de produtividade. A irregularidade de chuvas indicará os percentuais de perdas.

Na Regional de Ijuí, a cultura da soja foi bastante afetada pela estiagem, comprometendo o desenvolvimento das lavouras plantadas em outubro. Os produtores retomaram as aplicações de fungicidas de forma preventiva. Há registros de ataque de ácaros e tripes. Na de Soledade, as condições do tempo ainda não permitiram concluir os plantios previstos para a safra, mas a boa notícia do período foi o volume de chuva na região (de 40 a 100 milímetros), amenizando de forma parcial os reflexos da estiagem, principalmente na região do Baixo Vale do Rio Pardo, onde há registros de mortes de plântulas em lavouras com semeadura tardia. Em geral, evidenciaram recuperação as lavouras em desenvolvimento vegetativo que tiveram crescimento e desenvolvimento reduzido no período da estiagem. Há registro de baixa incidência de pragas, não sendo necessárias medidas de controle.

Milho

No milho, apesar das chuvas ocorridas no Estado, os acumulados não revertem o déficit hídrico em boa parte das lavouras, que tem prejudicado o desenvolvimento da cultura. Totalmente implantada no RS, a cultura do milho encontra-se 20% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 13% em floração, 28% em enchimento de grãos, 26% maduro e 13% dos 771 mil hectares já foram colhidos.

Em Ijuí, que corresponde a 10% da área cultivada com milho no Estado, a cultura está em maturação em 50% das lavouras, e granação em 30%. O potencial produtivo varia muito; diversos municípios apontam perdas superiores a 50% e em alguns no Corede Celeiro não há perdas. A colheita do milho avança, chegando a 17% da área cultivada para produção de grãos e 64% para silagem. As lavouras colhidas para silagem apresentam rendimento de 25 a 30 mil quilos por hectare, muito abaixo da estimativa inicial. A massa verde está desidratada, com consequente perda de qualidade. Áreas da região Celeiro apresentam boas produtividades, e a colheita ultrapassa 35% das lavouras em alguns municípios. Com a melhora das condições de umidade do solo, os agricultores estão manejando as áreas para o segundo plantio da cultura.

Na região de Santa Rosa, maior produtora de milho do Estado, com 15,4% da área, a cultura está 42% em maturação, com a colheita avançando para 45% das lavouras, com leve redução no rendimento, devido à baixa umidade do solo nos últimos dias e à ocorrência de poucas chuvas, atingindo lavouras em plena floração e formação inicial do grão. 

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