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Por Redação O Sul | 21 de maio de 2015
Ninguém sabe ao certo o porquê, mas em João Ramalho (SP) o número de nascimentos de crianças gêmeas é incomum. Atualmente, pelo menos três moradoras da cidade estão à espera de gêmeos. Sem falar que há dois meses, outra gestante deu à luz duas meninas. Bastante para um município de apenas 4 mil habitantes. Nos últimos 20 anos, o cartório de João Ramalho registrou 20 gestações de gêmeos, ou seja, pelo menos um nascimento assim por ano.
Como a cidade é pequena, fica fácil conhecer os casos. A maior parte das duplinhas passou pelo consultório da médica Dulce Boin Mathias, que trabalha há 28 anos em João Ramalho. O difícil mesmo é explicar com exatidão o que tem acontecido no município, mas a médica arrisca que talvez o motivo esteja no abastecimento da cidade. “Vai ver é água”, brinca.
Ela garante que antigamente eram ainda mais comuns as gestações de gêmeos. “Nós temos uma comunidade mais restrita de afrodescendentes que tinha uma incidência muito maior de gêmeos, embora ainda hoje seja um registro grande, considerando o tamanho da cidade”, explica.
O casal Mônica e Rodrigo sabia de vários casais, mas não pensava que ganharia bebês em dose dupla. Hoje, Ana Clara e Ana Beatriz estão com 2 meses. “Na minha família, tem o meu irmão que tem duas meninas gêmeas também e na família dele tem a avó que teve duas gestações de gêmeos”, afirma Mônica. (AG)