Domingo, 27 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2021
O Conselho de Ética deve começar a analisar nesta terça-feira (23) o caso da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastar Anderson do Carmo. O conselho também marcou para o mesmo dia a instauração do processo contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).
Segundo informações da Globo News, o presidente do conselho, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), recebeu na noite de sexta-feira (19) a representação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
Em outubro do ano passado o corregedor da Câmara dos Deputados, o deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), apresentou um parecer recomendando o envio do processo da deputada Flordelis para o Conselho de Ética.
O conselho estava suspenso desde o início da pandemia da covid-19, sua reativação foi anunciada na semana passada pela Mesa Diretora da Câmara para analisar o caso do deputado Daniel Silveira.
Bengtson (PTB-PA) destaca que o retorno dos trabalhos do colegiado darão retorno à população sobre o comportamento dos parlamentares.
“Finalmente todos os casos que estão no Conselho de Ética vão andar. Não apenas os casos da Flordelis e do Daniel, mas todos os que estão parados durante a pandemia terão conclusões e devidas punições para todos os deputados”, disse o deputado.
“Penso que quem ganha com isso é a Câmara e a sociedade brasileira de forma geral. Temos que punir aqueles que erraram e exaltar aqueles que continuam fazendo o correto. O Conselho de Ética serve para isso”, afirmou o corregedor.
Os parlamentares do Conselho de Ética possuem um regulamento próprio. O colegiado deve apurar os fatos e assegurar ao representado ampla defesa.
Investigações
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) descobriram mensagens de texto em telefones celulares que reforçam a suspeita de que a deputada planejou matar o marido executado com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019 na porta de casa, em Niterói.
A Justiça já aceitou denúncia contra a parlamentar, que se tornou ré no caso. Seis de seus filhos e uma neta estão presos. Como parlamentar, Flordelis só pode ser presa em flagrante, e só pode ser afastada do cargo por decisão da Justiça ou da própria Câmara.