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Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2020
Soldados carregam caixão com uma das onze vítimas ucranianas do desastre com o avião que foi derrubado pelo Irã, em Teerã
Foto: ReproduçãoOs corpos dos onze ucranianos que morreram na queda de um avião no Irã chegaram neste domingo (19) à Ucrânia para uma cerimônia de despedida.
Os nove tripulantes e dois passageiros estão entre as 176 vítimas na tragédia de 8 de janeiro, quando um avião da Ukrainian Airlines, que seguia para Kiev, foi derrubado logo após decolar em Teerã, no Irã. O Irã reconheceu três dias depois que o avião foi atingido por engano por um míssil antiaéreo.
Os corpos foram levados para o aeroporto Boryspil, em Kiev, a bordo de um avião da força aérea ucraniana. A guarda de honra levou solenemente os caixões para o terminal do aeroporto. A despedida deve seguir até a noite.
A tragédia aconteceu em meio à grave crise entre Irã e Estados Unidos, após o ataque americano que matou um general iraniano em Bagdá, no Iraque.
Pouco tempo antes da aeronave ser derrubada, o governo iraniano tinha lançado um ataque contra bases aéreas americanas no Iraque. A tensão lançou o temor do início de uma guerra entre os dois países.
Investigação
A agência de notícias estatal Irna informou neste domingo (19) que o Irã está tentando examinar as caixas-pretas do avião ucraniano, negando reportagem de que uma decisão foi tomada para enviar os gravadores do avião para a Ucrânia.
O Canadá, que tinha 57 cidadãos a bordo, e outros países que perderam cidadãos disseram que os dados do voo e gravadores de voz devem ser analisados no exterior.
“Estamos tentando ler as caixas-pretas aqui no Irã. Caso contrário, nossas opções são Ucrânia e França, mas ainda não foi tomada nenhuma decisão para enviá-las para outro país”, afirmou à Irna o diretor encarregado de investigações de acidentes na Organização de Aviação Civil do Irã, Hassan Rezaifar.
Rezaifar foi citado pela agência semi-oficial de notícias Tasnim do Irã no sábado, dizendo que as caixas-pretas não poderiam ser decodificadas no Irã e seriam enviadas para a Ucrânia após repetidos pedidos de Kiev. A Irna também informou neste domingo que o funcionário fez comentários semelhantes no dia anterior.