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Rio Grande do Sul Cresce no Rio Grande do Sul a ação de estelionatários. Grande parte dos golpes envolve clonagem de perfis no WhatsApp

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Crimes cibernéticos já são uma das principais demandas da Polícia gaúcha. (Foto: EBC)

Um levantamento divulgado nesta terça-feira (2) pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) aponta uma expansão de 36% nos registros de estelionato no Rio Grande do Sul, na comparação entre abril de 2019 e o mesmo mês neste ano, com 2.142 e 2.910 casos, respectivamente. Segundo a pesquisa, grande parte dessas ocorrências envolve a clonagem de perfis no aplicativo de mensagens WhatsApp.

Os crimes com essa característica já representam uma das principais demandas para a DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos) da Polícia Civil, que investiga delitos praticados na internet, redes sociais e outros ambientes virtuais. Para o titular da unidade, delegado André Anicet, muitos dos golpistas agem de forma complexa.

Em casos de pessoas que informam número de WhatsApp em sites de vendas, por exemplo, não é raro o estelionatário entrar em contato informando que a validação do anúncio depende de a pessoa enviar um código que chegará via mensagem de texto tipo ‘SMS’. O criminoso faz então o login no WhatsApp com o número da outra pessoa e envia para a vítima uma mensagem com código de verificação. Erroneamente, quando esse número chega ao celular da vítima, ela o repassa ao golpista.

“Na verdade, esse código é o próprio código de segurança do aplicativo, sem o qual o fraudador não teria como clonar aquele número”, alerta”, explica o delegado. “Qualquer um que tenha WhatsApp pode ser alvo desse tipo de crime.”

Outro golpe possível e bastante comum é a criação de perfil falso de algum conhecido da vítima, com o objetivo de pedir dinheiro. Geralmente, isso ocorre com usuários que mantêm redes socias (Facebook, por exemplo) abertas e com muitos seguidores, permitindo assim que o estelionatário copie fotos para criar um perfil falso e busque por pessoas conectadas a ela na vida real”, informa.

Nesse caso, o contato quase sempre acontece com familiares, aos quais o criminoso se passa pela vítima e solicita dinheiro ou pagamento de algum boleto bancário, sob o pretexto de que no dia seguinte devolverá o dinheiro – o que, obviamente, não acontece.

Um pouco diferente mas que também tem pego vários incautos, o “golpe dos nudes” é outra modalidade que tem mobilizado a Polícia Civil, até porque a prática é agravada pela concomitância com o crime de extorsão (chantagem mediante ameaça para obter dinheiro ou outra vantagem financeira).

Por meio de perfis falsos criados em sites de relacionamentos como Instagram ou o já mencionado Facebook, o criminoso se passa por mulheres jovens e bonitas, tendo como alvo preferencial homens de meia-idade e cujas redes sociais sejam abertas. Estabelecida a amizade virtual, a falsa jovem estimula a vítima a manter conversas mais “picantes”, que logo evoluem para a troca de “nudes” (fotos íntimas).

“Não demora muito e uma terceira pessoa – cúmplice do golpista – entra em cena, chamando a vítima de “pedófilo” e exigindo dinheiro para não vazar as fotos dela na internet ou expor o caso à esposa do homem”, relata o delegado. “O mesmo golpe ainda pode contar com a participação de falsos policiais civis que entram em contato com a vítima, exigindo dinheiro para “arquivar o inquérito”.

Como se proteger

“Na internet, é preciso desconfiar de tudo e de todos, principalmente quando não sabemos com exatidão com quem conversamos, então compartilhar fotos ou informações íntimas tende a ser muito perigoso”, alerta o delegado Anicet. “Também é importante que percebamos que e-mails governamentais, como o da Polícia Civil, terminam sempre com extensões tipo ‘.gov.br’ e não ‘.com’, exemplo”.

Sobre a clonagem de WhatsApp, ele pede que as pessoas não forneçam o código de segurança a terceiros, mas, caso aconteça, e a vítima não consiga mais acessar o perfil, deve informar da clonagem por e-mail ao WhatsApp e solicitar o bloqueio da conta.
Um mecanismo de segurança muito útil é a verificação em duas etapas, espécie de contrassenha que é solicitada pelo aplicativo para barrar tentativas de clonagem.

Para ativá-la, abra o aplicativo, toque no menu de três pontos e acesse “Configurações”. Em “Conta”, escolha “Verificação em duas etapas”, toque em “Ativar” e escolha uma senha com seis dígitos para a conta do WhatsApp. Em seguida, será necessário confirmar o seu PIN, infomar um endereço de e-mail válido (caso esqueça seu código), tocar em “Avançar” e confirmar seu endereço de e-mail em “Salvar”.

(Marcello Campos)

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