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Mundo Crime organizado: Equador recorre a empresa de Porto Alegre na guerra contra as drogas

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Leonardo Barbosa (D), cofounder da startup, está no Equador para acompanhar a implantação. (Foto: Giordano Toldo/PUCRS)

Uma startup de Porto Alegre vai ajudar na segurança do Porto de Guayaquil, no Equador, em meio à guerra do país contra o narcotráfico. A violência ganhou contornos dramáticos nos últimos meses com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, em agosto, e a onda de ataques de gangues, que deixou 13 mortos, em janeiro, e levou o presidente, Daniel Noboa, a declarar estado de “conflito armado interno” e listar 22 facções como organizações terroristas.

A startup Creatus, que integra o ecossistema de inovação do Tecnopuc, em Porto Alegre, instalará um sistema para melhorar a segurança do porto. Importante ponto de escoamento para a economia da região, o local acabou se tornando estratégico para os narcotraficantes na distribuição da cocaína para EUA e Europa, especialmente por estar próximo de países produtores, como Colômbia e Peru.

Segundo militares equatorianos, 80% da cocaína consumida na Europa sai do Porto de Guayaquil. A Creatus, em parceria com a VMI Security, também brasileira, com sede em Minas Gerais, deve finalizar a instalação, no dia 6, de um software que monitora o tráfego de materiais não autorizados no porto.

A parceria entre as duas empresas consiste na integração de diferentes sistemas de softwares e hardwares e conta com projetos em portos brasileiros e também no exterior. O sistema deve efetuar a leitura de placas de contêineres e caminhões que chegarem ou saírem do porto, além de tirar fotos dos veículos.

Tecnologia

Segundo Leonardo Barbosa, diretor e fundador da Creatus, os equipamentos em parceria com a VMI Security são preparados para detectar radiação das cargas submetidas à análise por meio de uma câmara de inspeção, onde também ocorre uma leitura por raio X e fazem parte de uma operação complexa em nível de segurança.

Barbosa viajou de Porto Alegre a Guayaquil para inspecionar a instalação do conjunto de softwares. “Existem muitos problemas que são identificados em relação à importação e exportação no porto que estão relacionados a drogas e materiais ilegais”, disse.

“Em 2021, desenvolvemos uma série de projetos com a VMI em relação à segurança dos portos, construímos integrações entre vários softwares e hardwares que não se comunicam e a Creatus tenta fazer este trabalho para que ocorra um processo decisório mais acessível em relação a segurança”, afirma João Severo, diretor e fundador da Creatus, em entrevista ao Estadão.

Necessidades diferentes

Ele afirma que as necessidades do Porto de Guayaquil são diferentes de muitos portos brasileiros. “No Brasil, existem portos que fazem a integração com a CR, que identifica a placa de cada veículo, a numeração de cada contêiner e faz o raio x. No Equador, devido à questão do narcotráfico, o objetivo é fornecer uma segurança mais robusta para que a possibilidade de erro seja menor.”

O software também captura imagens da parte inferior dos veículos e utiliza comparativos para identificar padrões de segurança, o que deve ajudar as autoridades equatorianas a melhorar a fiscalização do porto.

De acordo com Severo, a Creatus está em contato com a VMI e as autoridades do porto para que o projeto saia do papel. “Existe um respaldo das autoridades do Equador e eles querem que tudo corra bem, mas nossa relação acaba sendo mais direta com a nossa empresa parceira e órgãos responsáveis pela segurança, como a polícia e fiscalizadores da receita.”

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https://www.osul.com.br/crime-organizado-equador-recorre-a-empresa-de-porto-alegre-na-guerra-contra-as-drogas/ Crime organizado: Equador recorre a empresa de Porto Alegre na guerra contra as drogas 2024-02-04
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