Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2019
Cristiano Ronaldo concedeu uma longa entrevista à revista ‘France Football’ onde falou de talento, rotina de trabalho, evolução de jogo e importância das partidas. O português pontuou que, se pudesse, jogaria apenas os jogos com a seleção portuguesa e da Liga dos Campeões, além de ressaltar que acredita ser “um jogador completo” e sem “nenhum ponto fraco”. Confira os melhores trechos da entrevista.
Evolução para um jogador completo
“Aos 19 e 20, entendi que o futebol são números, títulos, recordes e não apenas o desempenho dento do campo. Se quer ganhar alguma coisa, tem que fazer gols. (…) No início, driblava, dava espetáculo com o meu trabalho de pés, mas percebi que não era suficiente. Tinha de fazer gols e tive a sorte em Manchester de ter grandes jogadores à minha volta que me fizeram entender e me ajudaram a melhorar (Giggs, Scholes, Van Nistelrooy, Rio Ferdinand). Alex Ferguson também me ensinou muito e percebi que tinha potencial para marcar, não apenas para driblar e dar assistências. Acho que sou um jogador completo, sem um verdadeiro ponto fraco. Posso marcar com o pé direito, com o esquerdo, de cabeça … sou forte, rápido”, disse o jogador.
Tendo tudo isso, além de uma real força de trabalho e um estilo de vida saudável, é difícil de superar, mesmo aos 34 anos e meio.
Preferência por jogos importantes
“Se dependesse de mim, jogaria apenas os jogos importantes. Os da Seleção e da Liga dos Campeões. São esses tipos de jogos que motivam, os que tem algo em jogo, com um ambiente difícil, pressão. Depois, deve ser profissional e estar em forma todos os dias para honrar sua família e o clube que te representa e paga. Tem que dar o melhor todos os dias.”
Rotina fora de campo
“Todos envelhecemos. Você pode ser saudável por um longo tempo, mas o corpo sofre uma erosão natural contra a qual não podemos fazer nada. Dizem que tenho o corpo de um atleta, mas não é apenas pelo físico ou pelos treinos. Há o estilo de vida, a nutrição, o sono, a escolha dos exercícios que faço. Cerca de 70% da minha vida é dedicada ao futebol. Há que ser inteligente para durar. Chamo isso de educação de um jogador de futebol”, analisou.
Importância do trabalho
“Primeiro de tudo é preciso ter talento. Sem isso não será possível fazer muito. Depois disso, o talento sem trabalho é inútil. Nada cai do céu. Nunca teria chegado onde cheguei sem a minha força de trabalho.”