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Mundo De fracasso em fracasso, o futuro da primeira-ministra britânica está por um fio

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A primeira-ministra Theresa May sofreu mais um revés nesta sexta-feira. (Foto: Reprodução)

Determinada e perseverante na missão de retirar o Reino Unido da União Europeia (UE), a primeira-ministra Theresa May falhou novamente nesta sexta-feira (29), e seu futuro político, intimamente ligado ao impopular acordo do Brexit, está por um fio. As informações são da agência de notícias AFP.

Sua promessa de renunciar se os deputados aprovassem o texto que negociou com Bruxelas não bastou para obter apoios suficientes, a prova segundo seus detratores de que perdeu totalmente o controle de um processo que divide profundamente o Parlamento e o país.

“Continuamos trabalhando para garantir que entreguemos o Brexit ao povo britânico”, disse ela na quarta-feira, antes de prometer aos seus representantes que deixaria as rédeas do partido e do governo se conseguisse aprovar o texto impopular que negociou com a UE.

Mais uma vez, desde que chegou ao cargo em 2016, ela afirmou que sua missão era “cumprir o resultado do referendo”, que em junho daquele ano optou pelo Brexit com 52% dos votos.

A estrada era difícil, mas, fiel à sua reputação de ser teimosa, esta chefe do governo de 62 anos, que projeta uma imagem de frieza e de ser um pouco mecânica, levantou-se após cada golpe que recebeu.

Depois de ver o acordo com a UE rejeitado pelo Parlamento britânico em janeiro, ela se envolveu novamente em uma árdua negociação com a UE, após a qual o texto mais uma vez sofreu um revés.

Se nesta terceira votação tivesse conseguido sua aprovação, teria sido “a base de estoicismo e perseverança”, de acordo com Iain Begg, professor de Ciência Política na London School of Economics.

Mas, com o fracassado, será lembrada como a líder que teve que pedir um adiamento in extremis da data de partida, arriscando o futuro do país e o próprio Brexit para insistir em seu plano, apesar da oposição de um Parlamento onde ele não tinha maioria.

Sobrevivência e determinação

May chegou ao poder nas semanas caóticas após o referendo, cujo resultado levou à renúncia do conservador David Cameron, de quem ela foi ministra do Interior por seis anos.

Apesar de ser eurocética – ela falara a favor da permanência na UE – teve pouco envolvimento na campanha e insistiu na necessidade de limitar a imigração.

Um ano depois de chegar a Downing Street, May convocou eleições legislativas para fortalecer sua posição. No entanto, acabou perdendo a maioria absoluta e passou a depender do apoio do pequeno partido unionista norte-irlandês DUP para poder governar.

Desde então, os ataques dos eurocéticos e pró-europeus de seu próprio partido atingiram-na várias vezes.

Diversos dos seus ministros a abandonaram, descontentes com sua ideia de negociar um relacionamento próximo com a UE, incluindo dois ministros do Brexit, Dominic Raab e David Davis, além do chefe da diplomacia Boris Johnson.

Mas, até agora, May sempre tinha sobrevivido e avançou convencida de que seu plano era “o melhor para o Reino Unido”.

Uma mulher difícil

Theresa Brasier – seu nome de solteira – nasceu em 1 de outubro de 1956 em Eastbourne, cidade costeira do sudeste do país.

Depois de estudar Geografia na Universidade de Oxford, onde conheceu seu marido, Philip, e trabalhar brevemente no Banco da Inglaterra, ela deu seus primeiros passos na política em 1986, ano em que foi eleita conselheira do distrito londrino de Merton, antes de se tornar deputada em 1997.

De 2002 a 2003, foi a primeira mulher a ocupar o cargo de secretária-geral de seu partido.

May se descreveu como uma mulher “difícil”, e seu atual ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, alertou há alguns meses: “Não subestimem Theresa May”.

Embora seus inimigos a acusem de não ser ambiciosa, todos concordaram em sua laboriosidade.

“Ela é muito diligente, trabalhadora, imersa em detalhes, é muito tecnocrata, muito dura e pode ser teimosa”, disse o ex-democrata liberal Clegg, vice-primeiro-ministro do governo de coalizão de Cameron.

“Todas essas coisas são qualidades muito boas em um político do governo”, reconheceu Clegg. Mas “nunca vi muita imaginação, flexibilidade, instinto ou visão”.

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