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Brasil Delator disse que o ministro do Esporte direcionou licitação para uma agência de publicidade

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O delator relatou ainda que Picciani (foto) teria acertado em 2015 3% de comissão em troca de direcionar a conta de publicidade do Ministério da Saúde. (Foto: Reprodução)

O marqueteiro Renato Pereira disse, em delação premiada, que o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), direcionou uma licitação de publicidade da pasta para a sua agência, a Prole Propaganda, no ano passado.

Em depoimento prestado à PGR (Procuradoria-Geral da República), o colaborador contou ter viajado a Brasília para tratar pessoalmente do acerto com o peemedebista, que assumiu o cargo em 12 de maio de 2016, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff. A concorrência para a conta do Esporte foi aberta na gestão de Picciani. A Prole, de fato, foi classificada entre as duas vencedoras do processo para dividir uma conta de R$ 55 milhões.

No dia da assinatura do contrato, no entanto, os representantes da empresa não apareceram. A agência desistiu de prestar os serviços, alegando dificuldades financeiras. A decisão foi tomada em dezembro, dias depois de o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) ser preso por suposta participação em esquemas de corrupção que envolveriam a Prole e o marqueteiro.

O Ministério do Esporte convocou para assinar o contrato a Calia Y2, terceira classificada na licitação. A empresa – que aumentou expressivamente seus ganhos no atual governo – pertence a Gustavo Mouco, irmão do marqueteiro de Michel Temer, Elsinho Mouco. A outra vencedora da concorrência no Esporte foi a Agência Nacional de Propaganda, que, segundo Pereira, seria próxima do ministro Picciani e teria participado de outras tratativas para fraudar licitações no governo do Rio e no Ministério da Saúde.

Comissão

O delator relatou ainda que Picciani teria acertado em 2015 3% de comissão em troca de direcionar a conta de publicidade do Ministério da Saúde – na época, o PMDB comandava a pasta no governo Dilma Rousseff. O marqueteiro teria viajado a Brasília para uma reunião com um funcionário do ministério, identificado apenas como “Valter”, e o publicitário Paulo de Tarso Lobão Morais, sócio da Nacional.

“Nessa reunião ficou confirmado que a Prole seria uma das agências vencedoras da conta de publicidade do Ministério da Saúde”, afirmou Pereira. Ele explicou que, com o processo de impeachment de Dilma, o governo foi trocado, o PMDB do Rio perdeu influência na Saúde, e os planos não prosperaram.

Dono da Nacional, Lobão Morais trabalhou como marqueteiro do deputado estadual fluminense Jorge Picciani (PMDB), pai do ministro, nas campanhas de 2010 e 2014. Ele nega qualquer envolvimento em ilicitudes. Jorge Picciani e outro de seus filhos, Felipe Picciani, foram alvo da Operação Cadeia Velha, deflagrada na terça-feira (14), por suspeita de integrarem um esquema de corrupção envolvendo empreiteiras e empresas do setor de transporte. Felipe foi preso. Um pedido de prisão de Jorge foi feito pelo MPF (Ministério Público Federal) e está pendente de decisão da Justiça.

Pagamento 

O Esporte pagou R$ 28,2 milhões à Nacional neste ano. O contrato com a pasta vencerá em dezembro, mas em agosto o ministério firmou aditivo para aumentar em até 20% o valor dos repasses previstos para a empresa e para a Calia, parceira de contrato.

A delação de Pereira foi enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) para homologação, mas o ministro Ricardo Lewandowski, responsável pelo caso, decidiu devolvê-la à PGR para ajustes nos benefícios negociados com o delator. Ele entendeu que os termos pactuados foram demasiadamente benéficos. Alguns, na avaliação do magistrado, são inconstitucionais.

A colaboração foi fechada pela equipe do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot. Pereira confessou oito casos de corrupção e negociou perdão em sete, exceto naqueles relativos à campanha para o governo do Rio em 2014.

 

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