Domingo, 12 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2015
Oficialmente, o delegado Josélio Azevedo de Sousa, da PF (Polícia Federal), ouviu o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva como testemunha no inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre formação de quadrilha por políticos de PT, PMDB e PP para desvios na Petrobras. Na prática, porém, submeteu o informante a um interrogatório de investigado clássico.
Intimado, o petista compareceu à sede da PF em Brasília e prestou um depoimento que resultou em nove páginas, divulgadas na sexta-feira. Em meio a interrogações sobre o escândalo de corrupção na estatal, Lula manteve a tese de que não sabia das irregularidades cometidas durante os seus oito anos de mandato.
No pedido de interrogatório enviado ao STF, Sousa havia anotado que Lula, como mandatário do País, poderia ter sido beneficiado pelo esquema com vantagens para si, para seu partido ou para seu governo, sustentando a base de apoio com atos ilícitos na Petrobras.
Nas perguntas ao ex-presidente, o delegado buscou informações, por exemplo, sobre as coligações que garantiram suporte aos governos do PT entre 2003 e 2010. Lula argumentou que esse apoio foi “baseado na afinidade dos partidos com o programa de governo elaborado nas duas campanhas presidenciais que venceu”. (AE)