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Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2020
Ser uma “pessoa matutina” pode estar relacionado ao desenvolvimento do Alzheimer. É o que apontou um estudo feito pelo Imperial College London, que estudou mais de meio milhão de indivíduos e analisou suas informações genéticas, bem como seus padrões de sono.
Os pesquisadores descobriram que aqueles com o dobro do risco genético de Alzheimer tinham 1% mais probabilidade de ser uma pessoa que costuma ir para cama cedo e acordar cedo também. Eles também pareciam dormir menos.
Cabe dizer, no entanto, que os resultados do estudo não significam que esse hábito cause a demência, nem que todas as pessoas matutinas vão ter Alzheimer no futuro.
Porém, os pesquisadores dizem que esse pode, sim, ser um indicativo precoce da doença. Eles frisam, no entanto, que são necessárias mais investigações.
“Descobrimos que aqueles que estão geneticamente em risco de contrair a doença de Alzheimer têm maior probabilidade de ser pessoas matutinas. Mas não encontramos nenhum efeito dos traços do sono sobre o risco de Alzheimer”, afirmou Abbas Dehghan, um dos autores do estudo.
Alzheimer
A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometendo habilidades de pensamento e a capacidade de realizar as tarefas simples do dia a dia.
O primeiro sintoma, e o mais característico, do Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.
Embora não haja cura, o paciente precisa ser acompanhado. No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.
Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue.