Quinta-feira, 10 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os partidos de oposição têm vínculos tradicionais com a estatização de amplos setores da Economia e compromissos com as corporações. Manter a CEEE nas mãos do governo é dever de seus parlamentares. Nas reuniões de duas comissões técnicas da Assembleia Legislativa, ontem, foram derrotados. O projeto que retira da Constituição a obrigatoriedade do plebiscito para autorizar a privatização da CEEE, da Sulgás e da CRM será aprovado na sessão plenária da próxima quarta-feira.
Exposição será menor
A campanha para o plebiscito tornaria pública a situação financeira caótica da CEEE, que os governos escondem. Para a opinião pública, reafirmaria a necessidade da venda. Além das dívidas acumuladas de impostos, não há dinheiro para investimentos que permitiriam melhorias no atendimento.
Cobrando uma garantia
A pergunta que precisa ser feita: o serviço vai melhorar? Prova da inconformidade foi o auditório da Assembleia lotado, na manhã de ontem, durante audiência pública para discutir os problemas causados pelas constantes suspensões no fornecimento de energia elétrica, especialmente no meio rural. Os prejuízos são brutais.
Conceito lá embaixo
Entre as cinco piores empresas de energia elétrica do país, estão as duas que atendem o Rio Grande do Sul. A informação por prestada pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André da Nóbrega, a 20 março, quando recebeu em seu gabinete os deputados estaduais Sebastião Melo e Elton Weber.
Desprezo
Mesmo que tenha confirmado participação, nenhum representante da Aneel veio à audiência de ontem. Prova do descaso com os usuários de um serviço vital e prestado de modo sofrível.
Próximo passo
Mais importante do que o plebiscito é garantir a melhoria de qualidade do serviço. Só transferir o monopólio estatal para a atividade privada não resolverá. A concorrência é um princípio indispensável.
Especialista
A escolha de Roberto Barbuti para a presidência define o futuro da Companhia Riograndense de Saneamento: a privatização. Bacharel em Administração Pública, tem experiência de 30 anos em bancos nacionais e internacionais, além de consultorias. Coincide com o perfil de outros dirigentes do atual governo, que passarão adiante empresas estatais.
Fotografia do dia
A reforma da Previdência Social começou a andar em círculos.
Território dos gastos
O deputado Eduardo Barbosa, do PSDB de Minas Gerais, é o novo ouvidor da Câmara, cargo que existe desde 2001. Vai coordenar o recebimento de sugestões, reclamações, denúncias e elogios.
Elogios? Só se anunciar o corte de 50 por cento no orçamento de 6 bilhões de reais que a chamada Casa do Povo gasta por ano.
Mapa indispensável
É cada vez mais frequente a ocorrência de chuvas em excesso, ventos destruidores e avanço das águas dos mares. Os cientistas chamam de “o novo normal” dos eventos da natureza. Por enquanto, não há como controlar. Pior: não são tomadas providências para reduzir o avanço das catástrofes, ignorando a necessidade de diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Geólogos, planejadores urbanos e engenheiros sabem localizar as áreas de risco, tantos em baixadas como junto aos morros. Cabe a cada prefeitura fiscalizar e divulgar o mapa como alerta. É o mínimo a fazer.
Mau negócio
A Procuradoria-Geral da Prefeitura de Porto Alegre explica o pagamento de 400 mil reais para restaurar e impedir que caia na calçada o que ainda resta de um prédio particular: os proprietários vão ressarcir no futuro. Localiza-se na esquina da Riachuelo com Marechal Floriano e impede o trânsito desde maio de 2018.
Dramas sem fim
De maio de 1966 a junho de 1968, a TV Excelsior apresentou o que era considerada a mais longa novela da história com 596 capítulos. A marca é agora superada pelo enredo intitulado Revitalização do Cais Mauá.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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