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Por Redação O Sul | 3 de junho de 2017
Após ameaças de acabar com a normalização de relações com Cuba realizada no governo de Barack Obama, o presidente Donald Trump pretende reverter partes do degelo americano a partir de junho, segundo a CNN. Fontes ouvidas pela rede afirmaram que o presidente deve anunciar que os EUA “não farão mais concessões unilaterais” à ilha de regime comunista.
Algumas das medidas esperadas pelas fontes incluem a demanda americana de fugitivos de sua Justiça que estão em Cuba, além de vetar que companhias americanas negociem com o Exército cubano, que controle grande parte do turismo do país, que é estatal.
Fontes do governo veem que Trump quer fazer “gestos simbólicos” após promessas anticastristas feitas para a comunidade cubana na Flórida e deputados contrários ao regime. Tudo isso sem fechar as portas para um emergente mercado que se criou com o degelo.
“Tenho 1.000% (sic) de certeza que o presidente cumprirá com o compromisso. Não tenho dúvida de que uma política diferente virá em breve”, afirmou o deputado federal Mario Diaz-Balart, sobrinho do ex-líder Fidel Castro e um dos congressistas mais anticastristas.
Nem a Casa Branca e nem Havana comentaram o caso em aberto. O motivo argumentado pelos EUA para voltar atrás na reaproximação é o fato de que o acordo de paz é favorável economicamente para o regime, abrindo oportunidades de negócios enquanto traz poucas mudanças em relação a direitos humanos.
O presidente Raúl Castro deixa o poder no início de 2018, mas espera-se que o regime faça o possível para manter eleições que vetem a participação de agremiações opositoras. (AG)