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Por Redação O Sul | 28 de junho de 2019
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, se reuniu com o seu colega dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira (28), em Osaka, no Japão, três meses após a visita oficial do brasileiro aos Estados Unidos.
Os dois discutiram mais sanções econômicas tanto para a Venezuela quanto para Cuba, de acordo com informações de Eduardo Bolsonaro, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Trump voltou a dizer “que todas as opções estão na mesa” quando discutiu a situação venezuelana.
O porta-voz da Presidência do Brasil, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que os governos americano e brasileiro compreendem que “é por meio da pressão econômica que nós vamos conseguir viabilizar a democracia na Venezuela”.
De acordo com o porta-voz, os dois países podem analisar ações que levem à “desidratação” dos apoiadores que possam dar algum suporte financeiro ao governo de Nicolás Maduro. Barros explicou ainda que, entre os apoiadores da Venezuela, “obviamente nós não podemos deixar de identificar Cuba”.
No entanto, Barros não deu detalhes sobre medidas concretas que podem ser tomadas contra os dois países. A Venezuela enfrenta uma grave crise econômica e política que já fez com que mais de 4 milhões de pessoas deixassem o país. Em um contexto de inflação galopante e de desvalorização do bolívar, os venezuelanos enfrentam escassez de alimentos e remédios.
Troca de elogios
O encontro dos dois líderes foi marcado por um tom bastante amigável. “Sempre o admirei desde antes das eleições. Temos muita coisa em comum. Somos dois líderes de países que, juntos, podemos fazer muito por seus pobres. Estamos à disposição para conversar com Trump, de modo que possamos fazer parcerias. Gosto muito do povo americano. A política do Brasil mudou de verdade. Nos interessa e temos o prazer de nos aproximarmos dos Estados Unidos”, disse Bolsonaro.
Durante o encontro, Trump elogiou Bolsonaro. “O presidente brasileiro é um homem especial, que está indo bem, é muito amado pelo povo do Brasil. E ele se orgulha da relação que tem com o presidente Trump”, disse, ao lado do mandatário brasileiro.
Bolsonaro manifestou apoio a Trump na sua tentativa de reeleição e o convidou para visitar o Brasil mesmo antes do pleito. “Espero que nos visite antes das eleições, se for possível.”
O presidente americano respondeu que pretende visitar o Brasil, mas não chegou a marcar uma data. “Você tem ativos que alguns países nem conseguem imaginar. É um tremendo país, com uma população tremenda, então estou entusiasmado para ir”, afirmou Trump.