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Economia Dono de construtora de luxo na Flórida diz que brasileiros ricos buscaram imóveis nos Estados Unidos após eleição de Lula

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Imóveis podem custar até US$ 15 milhões. (Foto: Divulgação)

Um dos herdeiros da maior incorporadora de unidades de luxo da Flórida, nos EUA, com um portfólio de mais de US$ 40 bilhões, Nick Pérez, 35 anos, aponta que 20% dos negócios fechados pela Related no Sul da Flórida são com latino-americanos, metade deles brasileiros, em sua maioria paulistanos.

E o filho do magnata de origem argentina Jorge M. Pérez relata um aumento da procura de ricos brasileiros por imóveis de luxo na Flórida desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Inclusive para investimento, já que a valorização média, no ano passado em relação a 2021, foi de quase 16%.

“Não é uma onda visível tão forte como a da Colômbia desde junho, após a vitória do (esquerdista) Gustavo Petro à presidência, mas, desde janeiro, a procura dos brasileiros é sensivelmente maior. A troca de governo foi um fator para a nossa clientela. Toda vez que esse estrato acredita detectar incerteza, os EUA são, ainda, percebidos como estáveis politicamente, seguros para se investir. E é a Flórida que está, hoje, liderando esta frente”, afirmou ao executivo.

1 – Há aumento na procura de brasileiros por unidades de luxo na Flórida?

Sim. Em todos os nossos projetos houve aumento, detectado por nossos brokers (corretores) lá ou aqui. É um movimento que vem ocorrendo desde a pandemia e somos capazes de movimentar com agilidade ao perceber o aumento da demanda. Quando os resultados das eleições da Colômbia foram anunciados, por exemplo, em junho do ano passado, nós imediatamente fomos a Bogotá.

No Brasil, houve um aumento de interesse após a vitória de Lula. É um fator. Os EUA ainda são percebidos como estáveis politicamente. E Miami, em uma perspectiva cultural, segue sendo, e cada vez mais, a capital latina informal dos EUA. Somos um caldeirão mais diverso, com cubanos, mexicanos, porto-riquenhos, dominicanos, mas também mais brasileiros, colombianos, venezuelanos, peruanos, chilenos. A diversidade se tornou outro atrativo.

2 – Qual nicho mais interessa o comprador brasileiro?

O das unidades de dois a quatro quartos, de US$ 1 milhão a US$ 15 milhões. Por isso decidimos vir a São Paulo e apresentar o St.Regis aqui. No mês passado o fizemos com o Casa Bela, condomínio de luxo no distrito de Arte e Entretenimento de Miami. E voltaremos logo, agora incluindo também outras cidades, como Rio e Belo Horizonte.

3 – Os brasileiros pedem ajustes específicos nas plantas das unidades?

Sim. Quando estávamos pensando no design das unidades do St.Regis já levamos em conta a realidade de empregadas domésticas ou babás que vivem com as famílias dos nossos clientes brasileiros. Visitei pessoalmente vários condomínios de luxo no Brasil e quase todos têm quarto de empregada separado, em geral conectado à área de serviço.

Por isso, nossas unidades maiores, com quatro quartos, no St. Regis, foram projetadas com a dependência extra, pensando nos brasileiros. É algo de fato bem incomum para os americanos. Fui criado, por exemplo, sem ajudantes vivendo em casa.

Beach Tennis

4 – Alguma outra especificidade voltada para os brasileiros ricos?

Nesta viagem a São Paulo descobri o beach tennis. Se soubesse da moda antes, teria incluído um espaço para a prática do esporte no St.Regis. Joguei sábado passado na Praia da Grama (condomínio de luxo em Itapeva, próximo a Sorocaba, no sudoeste do Estado de São Paulo) e me diverti muito. Infelizmente, no St. Regis não dá mais, mas há outras novidades nele que podem atrair os brasileiros, embora não tenham sido pensadas especificamente para eles.

5 – Quais as outras tendências centrais no mercado de luxo da Flórida pós-pandemia?

Unidades cada vez maiores. As pessoas estão valorizando mais e mais o espaço. Frisam quererem ainda mais conforto. É cada vez mais comum a compra de unidades múltiplas no mesmo condomínio para se aumentar o espaço. O que vendemos nos últimos 12 meses foi claramente guiado por esta necessidade dos mais ricos de mais espaço.

Em Bal Harbour (localizada a 40 minutos de carro ao norte do centro de Miami) temos um projeto em que a média das unidades vendidas teve o metro quadrado a US$ 3,5 mil (cerca de R$ 18 mil) e ninguém queria nada com menos de quatro quartos, tivemos de nos adaptar.

O St. Regis, com metro quadrado similar, mas já pensado depois da pandemia, conta com unidades combinadas de até 930 metros quadrados. O preço das unidades vão de US$ 4,7 milhões a US$ 9 milhões.

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