Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2020
Na segunda-feira (1), dois novos laudos de autópsias declararam que a morte de George Floyd – estopim dos protestos contra o racismo nos Estados Unidos – foram homicídio causado por asfixia.
Uma delas foi divulgada pela família de Floyd, que contratou um legista independente. Segundo advogados, o exame apontou que a compressão do joelho policial sobre o pescoço cortou o fluxo de sangue para o cérebro do ex-segurança. Além disso, o peso sobre as costas da vítima dificultou sua respiração.
Além disso, o laudo apresentado pela família diz que Floyd morreu no local onde foi detido, e que já estava morto quando a ambulância chegou, contrariando a versão oficial da polícia, de que ele faleceu no hospital após ser socorrido.
A segunda, assinada pelo departamento legista do Condado de Hennepin, afirma que o ex-segurança morreu por “parada cardiopulmonar agravada pela compressão do pescoço a que foi submetido enquanto estava restrito pelo agente da lei”.
A autópsia inicial, apresentada pela cidade de Minneapolis, afirmava que não havia “nenhum achado físico que suporte o diagnóstico de asfixia traumática ou estrangulamento”.
Porém, o efeito combinado de George Floyd ser restringido pela polícia, juntamente com suas condições de saúde subjacentes e quaisquer possíveis intoxicantes em seu sistema, “provavelmente contribuíram para sua morte”, dizia.
Floyd sofria de doença arterial coronariana e doença cardíaca hipertensiva.
Policial detido e acusado
Derek Chauvin, o policial filmado com o joelho sobre o pescoço de Floyd, foi detido e acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente).
A família de Floyd, no entanto, quer que ele seja acusado de homicídio em primeiro grau (quando o autor sabe que seu comportamento irá provocar a morte), além de exigir acusações formais contra os outros três policiais que também participaram da ação.
Segundo a acusação contra Chauvin, ele manteve seu joelho sobre o pescoço de Floyd durante 8 minutos e 46 segundos no total, sendo que nos últimos 2 minutos e 53 segundos este já estava “irresponsivo”. As informações do portal de notícias G1.