Segunda-feira, 30 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2022
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou mais um pacote de ajuda à Ucrânia, agora de US$ 1 bilhão, composto por itens como munição, peças de artilharia e sistemas de defesa, como forma de ajudar o país a conter a invasão da Rússia.
A medida foi confirmada cerca de um mês depois de o Senado aprovar ações militares e emergenciais no valor de US$ 40 bilhões e vem após pedidos de Kiev por armamentos avançados – contudo, os próprios aliados ocidentais dizem que a transferência e o uso de alguns itens podem levar mais tempo do que os ucranianos desejam.
O anúncio do novo pacote foi feito por Biden durante conversa telefônica com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo comunicado da Casa Branca, o presidente dos EUA “reafirmou o compromisso de ficar ao lado da Ucrânia enquanto o país defende sua democracia, e apoia sua soberania e integridade territorial diante de uma agressão russa não provocada”.
O dinheiro, informa a Casa Branca, inclui gastos com “artilharia e armas de defesa costeira, assim como munição para a artilharia e sistemas avançados de foguetes” para apoiar as forças de defesa contra os russos no Leste do país.
Segundo o comunicado emitido pela Presidência da Ucrânia, Zelensky apontou que “o apoio de segurança dos EUA é sem precedentes” e que ele aproxima seu país “de uma vitória comum contra o agressor russo”.
O líder ucraniano ainda elogiou a decisão da Casa Branca de alocar US$ 225 milhões para ações de ajuda humanitária às populações atingidas pela guerra – o valor será usado para ampliar o “fornecimento de água potável, de insumos médicos críticos, alimentos, abrigo e dinheiro para as famílias comprarem itens essenciais”, como informou o comunicado dos EUA.
O novo desembolso, que se soma aos bilionários pacotes anteriores de ajuda, vem em meio a duras cobranças por parte das autoridades de Kiev, e do que consideram ser uma demora no envio de ajuda militar. Na terça-feira, a vice-ministra da Defesa, Anna Malyar, disse que seu governo recebeu apenas 10% dos itens requisitados, sem informar se isso se refere a pedidos feitos recentemente ou desde o início da guerra.
Em entrevista ao jornal The New York Times, na terça, o conselheiro de Zelensky, Mykhailo Podolyak, deu uma lista de itens pedidos aos parceiros da Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, incluindo metralhadoras, artilharia e foguetes. Nesta quarta-feira, no Twitter, repetiu uma alegação feita por Kiev, a de que, em algumas áreas, para cada 10 armas russas, há apenas uma ucraniana.
“Diariamente, recebo mensagens dos defensores: ‘nós estamos aguentando aqui, apenas nos diga quando devemos esperar as armas?’. Eu repasso essa questão para os participantes do [formato] Rammstein. Bruxelas, estamos aguardando uma decisão”, escreveu Podolyak. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.