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Mundo Epidemiologistas dos Estados Unidos são pegos de surpresa com a decisão de liberar vacinados do uso de máscara

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"Do ponto de vista sanitário, a alteração normativa buscou garantir o melhor interesse das crianças", afirmou a PGE. (Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC)

A decisão tomada na última semana por autoridades de saúde pública dos Estados Unidos de liberar os americanos vacinados da obrigatoriedade de usar máscaras em ambientes abertos e fechados surpreendeu profissionais da saúde do país. A mudança de postura também vai de encontro com a opinião de diversos epidemiologistas procurados nas últimas duas semanas pelo The New York Times.

Em pesquisa informal feita pelo jornal americano, 80% dos profissionais disseram acreditar que os americanos deveriam continuar usando máscara em público e dentro de espaços fechados por, ao menos, mais um ano. Apenas 5% disseram que as pessoas não precisarão mais usar a proteção facial a partir do verão, que começa em junho no Hemisfério Norte.

O uso de máscaras em grandes eventos a céu aberto, como shows e protestos, foi recomendado por 88% dos epidemiologistas procurados pelo jornal.

O jornal entrou em contato com 723 epidemiologistas, entre 28 de abril e 10 de maio, antes da implementação das novas medidas de flexibilização pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). A pesquisa os questionou sobre ocupar espaços abertos em grupos de tamanhos variados, e também ambientes internos com pessoas, sem saber se já foram totalmente vacinadas.

Os epidemiologistas disseram concordar com as diretrizes apresentadas anteriormente pelo governo — que haviam liberado a convivência em espaços fechados entre pessoas que já foram imunizadas. Eles ainda recomendam controlar as medidas de distanciamento e proteção em espaços abertos, onde é impossível rastrear o status de vacinação dos outros.

“Exceto se o nível de vacinação ficar entre 80% e 90% nos próximos meses, nós devemos continuar usando máscara em locais fechados”, afirmou a cientista Vivian Towe.

Incentivo à vacinação

De forma geral, os especialistas informaram tomar muito cuidado no que diz respeito à covid-19, por terem plena consciência dos riscos e da prevenção da propagação de uma doença infecciosa. Cerca de 3 em cada 4 profissionais entrevistados se declararam avessos ao risco e, em sua maioria, puderam trabalhar de casa durante a pandemia. Entretanto, todos têm o mesmo treinamento que muitos cientistas do CDC, que vai de encontro com a nova política.

A epidemiologista Sophia K. reforça que, apesar das novas diretrizes, é importante seguir com o uso de máscaras:

“Isso vai ser uma necessidade, uma questão bem diferente de entender por quanto tempo essa situação vai continuar ocorrendo. Eu imagino que a maioria das pessoas vá se negar a usar máscaras, mesmo em público, até o final de 2021, independentemente de ainda estarmos em um contexto pandêmico”, afirma.

Muitos epidemiologistas reforçaram as determinações do CDC de que, desde que as pessoas estejam devidamente imunizadas, elas podem se reunir sem precauções. Mas o órgão foi além do que os especialistas pregam ao liberarem americanos vacinados da obrigatoriedade de usar máscara em grupos com um número indeterminado de pessoas que ainda não se imunizaram.

“Ou você acredita na vacina, ou não acredita. E, se nós confiamos na vacina, isso significa que um número ilimitado de pessoas vacinadas podem ser liberadas para se encontrarem”, explica a pós-doutoranda em Epidemiologia pela Universidade Emory, Kristin Harrington.

Já outros reconhecem que a política é baseada em muitas metas, como revitalizar a economia e incentivar as pessoas a irem se vacinar.

Controle da contaminação

Entretanto, a maioria reforça que o uso de máscaras continua importante neste momento, porque o número de americanos vacinados ainda não atingiu um nível que os cientistas consideram significativamente lento para a propagação do vírus. Segundo eles, até lá, ainda há a possibilidade de vacinas, que não são 100% eficazes, falharem.

“Circunstâncias em que há aglomerações, tanto em espaços abertos quanto fechados, necessitam do uso de máscara até o nível comunitário da covid-19 chegar a um patamar muito baixo”, afirma o doutor e epidemiologista Luther-King Fasehun.

Os especialistas reforçaram que, enquanto o vírus ainda estiver se espalhando, as máscaras são uma ferramenta importante para proteger pessoas do grupo de risco ou que não podem ser vacinadas, como crianças.

Professora assistente de saúde pública na Universidade de Boston, Julia Raifman reforça que o uso de máscara é fundamental enquanto não houver o controle da transmissão comunitária, e pode também ajudar a proteger grupos como crianças, pessoas imunodeprimidas e comunidades negras e latinas nos Estados Unidos, que foram mais atingidas pela pandemia.

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