Sábado, 11 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2015
O Ministério da Saúde confirmou, na quarta-feira, a relação do vírus zika com a síndrome de Guillain-Barré, inflamação dos nervos que pode deixar uma pessoa paralisada. No fim de novembro, o órgão já havia associado o zika e a microcefalia – malformação em que o bebê nasce com o cérebro menor e menos desenvolvido.
“Projeções indicam que, no pior cenário, terminaremos o ano com quase 1,5 milhão de registros de pessoas infectadas por zika no Brasil. Na melhor das hipóteses, serão 500 mil casos. Nenhuma das duas perspectivas é boa”, declarou Celso Ramos Filho, infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho.
Segundo o médico, uma das grandes dificuldades relacionadas tanto ao zika quanto à dengue é o diagnóstico. Ambos são classificados como flavivírus. Logo, não é raro que o exame PCR, utilizado para detectar o zika, confunda o vírus com outros da mesma família.
A previsão do especialista é que, com as mudanças climáticas, o ciclo de transmissão dessas doenças fique mais acelerado, pois as temperaturas deverão aumentar.