Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de maio de 2015
Longa jornada de imersão no universo da dependência química (quase duas horas de duração), “Metanoia” faz no título um trocadilho com a “droga dos noias”, como muitos se referem ao crack. Na trama, um jovem da periferia de São Paulo (Caíque Oliveira, também produtor) se torna dependente pelas mãos de um amigo de classe média alta (Caio Blat), passa a vagar pela Cracolândia (na região central da cidade) e mergulha em pesadelo que parece infindável nesse drama de fundo religioso em que o Espírito Santo é personagem e tem fala.
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Estreante em longas, o diretor Miguel Nagle realizou um “filme de causa”, que se preocupa com a desagregação de famílias e se esforça em mostrar que há esperança mesmo nos casos mais sombrios (o subtítulo é “Mães de joelhos, filhos de pé”). Sua ênfase no aspecto doutrinário, que o transforma quase em propaganda religiosa, compromete a construção dos personagens e os diálogos, frágeis e esquemáticos, como se estivessem o tempo todo a serviço de uma mensagem — que soa, por fim, como pregação para convertidos. (Sérgio Rizzo/AG)
Confira o trailer do filme:
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