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Brasil Operação Lava-Jato mira mais um secretário do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes

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Cerca de 110 policiais federais cumpriram 27 mandados judiciais no RN e em Brasília. (Foto: AE)

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), mais uma etapa da Operação Ponto Final, um desdobramento da Lava-Jato no Rio de Janeiro. Os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, em endereços ligados a Rodrigo Bethlem, ex-secretário municipal na gestão do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) e ex-deputado federal.

Os agentes chegaram a um endereço no condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta das 5h. Bethlem foi encontrado em casa e foi intimado a prestar esclarecimentos na sede da PF. Ele não é obrigado a comparecer. Depois, fizeram buscas no escritório do ex-secretário do PMDB.

O MPF (Ministério Público Federal) quer entender mensagens encontradas nos celulares de presos da Operação Ponto Final, que investigou desvios no setor de transportes. Essas mensagens revelam que Bethlem seria intermediário em um esquema criminoso ligado à prefeitura do Rio. As mensagens foram encontradas entre dezembro e janeiro do ano passado. Segundo o teor delas, Bethlem teria dito que o esquema criminoso teria continuidade na gestão do atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB).

Esse é o segundo secretário de Paes que vira alvo da Lava-Jato no Rio, em duas semanas. O primeiro foi Alexandre Pinto (Secretaria de Obras), no dia 4 de agosto, preso na Operação Rio 40 Graus, suspeito de participar de um esquema de pagamento de propinas nas obras do BRT Transcarioca e na recuperação ambiental da Bacia de Jacarepaguá.

Na gestão de Paes, Bethlem foi considerado seu homem de confiança e ocupou as pastas de Ordem Pública, na qual ganhou fama como “xerife do Rio”, e de Assistência Social até chegar à Secretaria de Governo.

Bens bloqueados

Em junho, a Justiça do Rio decretou, em caráter liminar, o bloqueio de bens do ex-secretário Bethlem. Segundo as denúncias do MP-RJ, ele desviou recursos públicos por meio de ONGs quando ocupava a pasta de Assistência Social .

Há indícios da existência de suposto esquema de corrupção que teria causado prejuízo ao erário da ordem de R$ 60 milhões em decorrência de irregularidades praticadas, a princípio, por meio de uma única Secretaria Municipal, segundo a decisão.

Em nota, Bethlem disse que o autor da ação está interessado em “jogar para a plateia”. Ele já é réu em três ações envolvendo ONGs e contratos superfaturados. O nome de Bethlem ganhou destaque negativo na imprensa quando, em julho de 2014, a ex-mulher dele divulgou uma gravação em que ele admitia que recebia dinheiro desviado dos cofres do município.

Também em junho, o MP-RJ ajuizou duas ações civis públicas contra Bethlem e contra Carmelo de Luca Neto e José Mantuano de Luca filho, sócios da empresa Comercial Milano Brasil Ltda. Eles são suspeitos de se beneficiarem de convênios firmados com a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro. As ações pedem que R$ 86 milhões sejam devolvidos aos cofres públicos por improbidade administrativa. (AG)

Bethlem foi encontrado em casa e intimado a prestar depoimento na sede da PF. (Foto: Reprodução)

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https://www.osul.com.br/ex-secretario-do-governo-de-eduardo-paes-e-alvo-de-desdobramento-da-operacao-lava-jato-no-rio-de-janeiro/ Operação Lava-Jato mira mais um secretário do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes 2017-08-15
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