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Geral Executivos de grandes empresas traçam estratégias praticamente no escuro, com pouquíssima previsibilidade do que acontecerá na economia do País nos próximos meses

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Presença de proteína pode apontar risco de casos graves de Covid-19. (Foto: Divulgação)

Após se acostumarem a liderar milhares de funcionários de casa, executivos de grandes empresas enfrentam agora um outro – e talvez maior – desafio: traçar estratégias para suas companhias praticamente no escuro, com pouquíssima previsibilidade do que acontecerá na economia do País nos próximos meses, enquanto durar a pandemia da Covid-19.

Diante dessa nova realidade, a rotina corporativa mudou. Planejamentos deixaram de ser feitos para os próximos seis meses e passaram a ser para três.

Os cenários com os quais as empresas trabalham se tornaram mais variados e a velocidade com que eles são substituídos por outros aumentou. Resiliência, adaptabilidade e flexibilidade viraram palavras-chave. “Os negócios precisam ter resiliência para os novos desafios, que são intermináveis e frequentes, e flexibilidade para se reinventar”, diz o presidente da Natura, João Paulo Ferreira.

A retomada econômica não será um gráfico linear e as empresas terão de se adaptar ao “abre e fecha” da economia, tendo uma estratégia para cada momento, diz a diretora geral da Uber no Brasil, Claudia Woods. “Em uma semana, vou ter um pico de demanda grande; na outra, a cidade pode voltar ao isolamento social. Eu preciso me adaptar também a essa queda de demanda”, diz.

Claudia tem se dedicado a entender o que funcionou e o que não funcionou com a Uber em outros países durante a pandemia para identificar alguns padrões de comportamento do consumidor e procedimentos que a companhia pode adotar localmente. “Seria engano achar que a gente sabe o que fazer em qualquer situação, mas temos algumas coisas mapeadas para não sermos pegos de surpresa se uma cidade começa a se comportar como no cenário X, por exemplo.”

A executiva também está encurtando os ciclos dos projetos, que, agora, foram feitos para o terceiro trimestre – e não para o segundo semestre, como ocorria. “Neste momento, se você olhar para um horizonte distante, a sua chance de errar é muito grande”, destaca. “É importante garantir que o projeto que estamos executando é realmente prioridade para o que está acontecendo.”

Para ter essa garantia, diz a executiva, é preciso que os funcionários estejam bem conectados. “Porque tem um componente dessa falta de previsibilidade que não é só de trabalho: o componente humano.” Segundo Claudia, como as pessoas têm reagido de diferentes formas ao isolamento social, os líderes têm de saber como está cada funcionário, pois problemas emocionais podem prejudicar o desempenho.

Uma das iniciativas adotadas por Claudia para contornar esse problema foram reuniões matinais em que qualquer assunto é bem-vindo e a presença não é obrigatória. “É um momento de se sentir acolhido e com suporte para conseguir executar uma tarefa.”/L.D.

Num mundo que ficou muito mais digital durante a pandemia, os desafios de uma empresa de telefonia e internet aumentaram. Para o presidente da Vivo, Christian Gebara, o coronavírus obrigou todos a usar a digitalização como única maneira de aproximação. “Tudo passou a ser feito de forma remota: trabalho, estudo e até reuniões familiares em vídeos ou áudio.”

Nesse novo universo, diz ele, o propósito da empresa – que é possibilitar o acesso das pessoas ao mundo digital – foi ainda mais reforçado. O desafio da companhia daqui para a frente será continuar crescendo, investindo em infraestrutura para garantir o acesso a locais que ainda não têm internet e melhorar a qualidade dos serviços.

Hoje, a empresa tem uma rede de fibra com potencial para atender 13 milhões de domicílios. “Em mais um ano, queremos chegar a 14 milhões e, daqui a dois ou três anos, 20 milhões de domicílios. Além disso, temos de avançar no serviço móvel, com o 5G.” Durante a pandemia, a empresa bateu recordes de vendas de pacotes de internet.

Para o presidente da BRF, Lorival Luz, o maior desafio para as companhias agora será lidar com as incertezas que permanecerão na economia até que haja uma vacina contra o novo coronavírus. Ele destaca, porém, que, no caso do setor alimentício, o impacto deve ser menor, por se tratar de produtos de primeira necessidade.

Outra dificuldade, segundo ele, é assegurar o sentimento de equipe entre os funcionários que estão trabalhando de casa. A BRF tem mais de 90 mil empregados, sendo que 10 mil estão atuando remotamente. “Para manter o sentimento de pertencer a uma empresa, o trabalho de comunicação tem sido bastante intenso.”

Luz, no entanto, acredita que os maiores desafios estão ficando para trás. No início da pandemia, uma operação complexa foi necessária para manter toda a empresa funcionando, com os trabalhadores com equipamentos de proteção e garantindo o abastecimento de alimentos em todo o País, enquanto Estados e municípios adotavam medidas diferentes para combater o vírus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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