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Economia Fala do presidente do Banco Central repercute mal e aumenta pressão por uso de bancos públicos para baixar juros

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Num evento na sexta-feira (21), o presidente do Banco Central disse que “o anseio pela queda de juros é político, mas nosso trabalho é técnico

Foto: Divulgação
Presidente do BC disse que se Pix visasse apenas substituir Ted e Doc, “teria falhado”. (Foto: Divulgação)

As declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em Londres, sinalizando que pode não haver uma queda dos juros no curto prazo, aumentaram a pressão no governo por uma saída fiscal para tentar fomentar o crescimento do PIB. Num evento na sexta-feira (21), Campos Neto disse que “o anseio pela queda de juros é político, mas nosso trabalho é técnico” e sinalizou que as condições para a queda dos juros, hoje em 13,75%, ainda não estão dadas.

A fala do presidente do Banco Central repercutiu mal não só no governo, mas no Congresso ao ser interpretada como uma resposta ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que antes, no mesmo evento em Londres, havia feito um apelo para a queda da Selic.

Buscar alternativas

Lula está cobrando integrantes do governo que busquem alternativas que possam compensar a política monetária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido praticamente uma voz isolada ao defender a harmonia entre o fiscal e a política monetária. Com a sinalização de Campos Neto na sexta, integrantes do governo apostam que Lula insistirá na adoção de políticas parafiscais, com o uso dos bancos públicos para subsidiar taxa de juros.

Medidas como essas, já adotadas em gestões passadas do PT, são criticadas pelo efeito contrário que podem causar na Selic e pelo fato de que o crédito subsidiado acaba indo para as mãos de empresários — e não necessariamente com retorno em geração de empregos e crescimento econômico.

Ata do Copom

Na última ata do Copom, o BC disse que o uso de políticas parafiscais eleva o juro neutro da economia (patamar que não acelera nem desestimula economia). A declaração sinaliza que, se o governo puxar de um lado com o fiscal, está agravada a queda de braço: o BC puxará do outro com a monetária.

Arcabouço fiscal

Sobre a proposta apresentada pelo governo para o novo arcabouço fiscal, o presidente do Banco Central afirmou que o Congresso Nacional pode fazer alguns reparos no texto , mas que o projeto está na “direção certa” e que é preciso melhorar a comunicação para tranquilizar os mercados e balizar as expectativas econômicas.

Campos Neto disse que o texto final do arcabouço, se aprovado, tem critérios realistas de manejo das contas públicas, e elimina o “risco de cauda” de explosão da dívida pública. “A gente precisa avançar e explicar melhor para que isso consiga permear através dos mercados, para que a expectativa de inflação melhore e para que abra espaço para a gente fazer o nosso trabalho de queda de juros”, disse Campos Neto.

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https://www.osul.com.br/fala-campos-neto-repercute-mal-aumenta-pressao/ Fala do presidente do Banco Central repercute mal e aumenta pressão por uso de bancos públicos para baixar juros 2023-04-24
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