Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 8 de julho de 2025
Atualmente o zoológico abriga mais de mil animais de cerca de 130 espécies silvestres e domésticas.
Foto: Maurício Gomes MagioApós 14 dias sem registro de mortes de aves silvestres por gripe aviária, período correspondente ao tempo de incubação da doença, o Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi desinterditado nesta terça-feira (8). O estabelecimento será reaberto ao público em 31 de julho, com ingresso gratuito aos visitantes.
A titular da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, destaca que a decisão pela reabertura foi tomada com base em critérios técnicos rigorosos:
“A retomada das visitas será possível pelo rigor com que cumprimos todos os protocolos sanitários estabelecidos pelo Serviço Veterinário Oficial e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A reabertura foi cuidadosamente avaliada, sempre priorizando a segurança dos animais, dos visitantes e dos servidores”.
O parque está sem receber visitantes desde 12 de maio, de forma preventiva – a primeira confirmação oficial de gripe aviária se deu três dias depois. Durante o foco da doença, o parque teve sua rotina adaptada para reforçar as medidas de biossegurança. O acesso esteve restrito às equipes técnicas, com uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), barreiras sanitárias e rotinas rigorosas de desinfecção.
Atualmente o zoo abriga mais de mil animais de cerca de 130 espécies silvestres e domésticas – dentre répteis, aves e mamíferos. Segundo a diretora de Biodiversidade da instituição, Cátia Viviane Gonçalves, os protocolos aplicados a um zoológico são diferentes daqueles utilizados em granjas comerciais.
“O manejo envolve múltiplas espécies silvestres e exóticas, com diferentes níveis de susceptibilidade à doença, além de cuidados veterinários especializados e rotinas adaptadas à realidade de um ambiente de conservação. A partir da confirmação do encerramento do foco por meio da vistoria, a equipe do parque irá realizar as manutenções dos espaços para receber o público”, explica.
Desde 24 de junho, o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) não recebeu notificações de novos óbitos de aves no local e comunicou a situação ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Nos últimos 30 dias, foram registrados apenas cinco óbitos relacionados à influenza aviária (todos antes do dia 24). A estabilização do número de mortes e a ausência de novos casos indicam um cenário controlado no zoológico. Segundo a diretora do DDA, Rosane Collares, os dados técnicos embasam a decisão de desinterdição e garantem que a retomada da circulação de aves ocorre de forma segura.
“A desinterdição é um passo importante, pois demonstra a eficácia das ações de contenção adotadas e reforça a importância da vigilância contínua em ambientes com populações de aves silvestres”, destaca Rosane.
Durante o foco da doença, confirmado em 15 de maio, o zoológico operou com restrições à movimentação de aves como medida preventiva para conter a disseminação do vírus entre os animais. Ao todo, 168 aves silvestres de 11 espécies morreram no período.
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