Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2022
O goleiro Bruno Fernandes, conhecido pelo caso de assassinato envolvendo a modelo Eliza Samúdio, está de volta ao futebol profissional. O jogador de 37 anos foi anunciado como novo contratado da Sociedade Esportiva Búzios, clube que disputa a quarta divisão do Campeonato Carioca, também conhecida como Série B2. O anúncio foi feito através das redes sociais.
Com a frase “bem-vindo, goleirão!”, o clube anunciou a chegada do goleiro com um vídeo exibindo imagens de Bruno realizando treinamentos e já usando a camisa do SEB. Nos comentários, no entanto, diversos internautas reprovaram a contratação e fizeram críticas à decisão do clube em contratar o polêmico atleta, condenado em 2013 pelo assassinato de sua ex-namorada. No entanto, Bruno progrediu para o regime semiaberto em 2019 e ficou livre para atuar profissionalmente.
Renato Matos, presidente do clube de Búzios, minimizou as críticas sobre a chegada do goleiro à equipe. Embora reconheça os comentários negativos, ele também ressaltou os comentários de apoio.
“Há rejeição, sim, mas tem gente apoiando (a contratação de Bruno) também”, afirmou Renato.
Bruno chega ao Sociedade Esportiva Búzios por empréstimo junto ao Atlético Carioca, clube que contratou o goleiro em junho deste ano para a disputa da quinta divisão do Campeonato Carioca.
Os comentários da publicação anunciando sua contratação estão bloqueados e a postagem já tem mais de 250 curtidas. Nos últimos anos, Bruno defendeu clube menor expressão do país, como o Poços de Caldas, de Minas Gerais. A torcida organizada do time dizia na ocasião que ele “com certeza” teria o apoio das arquibancadas e que até ganharia música especial.
Entretanto, em outubro o contrato com o goleiro foi rescindido. Já em julho deste ano, ele era anunciado pelo Atlético Carioca, da cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, time que disputa a quinta divisão do Carioca.
Caso Eliza
Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver e sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.
Ele foi sentenciado em 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
No entanto, Bruno progrediu para o regime semiaberto em 2019 e ficou livre para atuar profissionalmente.
Recentemente, Bruno foi processado pela família de Eliza pelo não pagamento da pensão do filho Bruninho, que teve com a mulher. Na última semana, o jogador teria pago parte do valor total de R$ 90 mil.