Sábado, 07 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2024
O Google concordou em apagar bilhões de dados referentes ao histórico de navegação de usuários que utilizaram o modo de navegação “anônima”, segundo o jornal The Washington Post. A informação veio à tona por meio da divulgação de um documento judicial. A decisão foi apresentada nessa segunda-feira (1°) por advogados que representam consumidores em uma ação coletiva contra a gigante da tecnologia.
A Big Tech também se comprometeu a manter certas mudanças no modo de navegação anônima no navegador Google Chrome, como a possibilidade de os usuários bloquearem “cookies” de terceiros. Sendo assim, o usuário consegue impedir que os sites rastreiem seus dados para fins publicitários.
O acordo põe fim a uma ação coletiva movida por consumidores, cujo processo na Justiça foi encerrado em dezembro com a empresa declarando que rastreou usuários. Assim, a empresa evitou um julgamento potencialmente ainda maior em termos de repercussão.
Os consumidores alegaram que o Google coletou e rastreou dados de usuários no modo de navegação anônima para medir o tráfego da web e vender anúncios.
A configuração do recurso, disponível no navegador Chrome, pressupõe justamente a privacidade do usuário. Ou seja, o Google não poderia salvar o histórico de navegação, os cookies e dados de sites e as informações inseridas por usuários em formulários.
Inicialmente, os consumidores pediam no processo entre US$ 100 e US$ 1 mil por demandante. Em caso de perda na Justiça, isso significaria um custo na casa dos bilhões ao Google. Os advogados que representavam os consumidores avaliaram o acordo em mais de US$ 5 bilhões, chegando até US$ 7,8 bilhões.
Mas acabou que o acordo não envolveu nenhuma quantia de dinheiro. Os consumidores que assim desejarem ainda podem processar a empresa individualmente por danos.
Segundo o Washington Post, o porta-voz do Google informou que a empresa sempre achou o processo judicial improcedente.
“Temos o prazer de resolver esse processo, que sempre acreditamos ser improcedente. Os demandantes originalmente queriam US$ 5 bilhões e não estão recebendo nada”, disse o porta-voz do Google, José Castañeda. “Temos o prazer de excluir dados técnicos antigos que nunca foram associados a um indivíduo e nunca foram usados para qualquer forma de personalização.”
O modo de navegação anônima é um recurso disponível no Google Chrome que permite o usuário navegar na web sem que seu histórico de pesquisa seja salvo pela companhia.
Além disso, o consumidor pode acessar os sites sem que sejam coletados cookies (pequenos fragmentos de textos que rodam em navegadores e podem rastrear dados sobre o usuário, como compras e ações em sites). As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.