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Geral Governador da Flórida sanciona projeto de lei que permite ao conselho do Estado cancelar negócios com a Disney

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O governador Ron DeSantis tem acumulado atitudes polêmicas e batido de frente com organizações poderosas já faz algum tempo. (Foto: Reprodução)

O governador da Flórida (EUA), Ron DeSantis, sancionou na sexta-feira (5) um projeto de lei que confere a um novo conselho que ele controla o poder de anular acordos de desenvolvimento que seu órgão antecessor assinou com a Disney – o episódio mais recente na disputa entre o governador conservador norte-americano e a gigante do entretenimento.

Segundo o projeto de lei, que foi aprovado seguindo basicamente as posições partidárias pelo Legislativo de maioria republicana, o Conselho Distrital de Supervisão Central do Turismo – cujos membros são indicados por DeSantis – pode cancelar quaisquer acordos firmados até três meses antes da criação do conselho.

“Não se engane, a razão pela qual o Legislativo teve que agir não foi por causa de nada que fizemos”, disse DeSantis em uma coletiva de imprensa na sexta-feira. “Isso foi basicamente causado pela arrogância da Disney de que eles seriam capazes de subcontratar em torno das leis devidamente promulgadas pelo Estado da Flórida. Isso está errado.”

A Walt Disney se recusou a comentar.

O Legislativo formou o conselho em fevereiro para substituir o Reedy Creek Improvement District, controlado pela Disney, e supervisionar o desenvolvimento nos 10.120 hectares ao redor do Walt Disney World, efetivamente retirando o controle da empresa e entregando-o a DeSantis.

A Disney, o maior empregador da região central da Flórida, e o governador republicano têm travado uma batalha desde o ano passado, quando a Disney criticou uma nova lei estadual que proibia a instrução em sala de aula sobre sexualidade e identidade de gênero a crianças mais jovens.

Batalha entre DeSantis e Trump

Em outra frente, Ron DeSantis trava uma disputa com o ex-presidente americano Donald Trump. Um é jovem, querido pela extrema direita, e acaba de ser reeleito com boa vantagem como governador da Flórida; o outro é septuagenário, recentemente foi acusado pela justiça e é apontado como favorito nas pesquisas para a indicação republicana às presidenciais de 2024.

Em sua batalha com Ron DeSantis para disputar a Casa Branca no ano que vem, Donald Trump volta a sacudir o panorama político americano.

Ficaram para trás as capas dos jornais conservadores que apelidaram Ron DeSantis, de 44 anos, de “The future” (O futuro, em tradução literal), após seus excelentes resultados nas eleições de meio de mandato. O governador, em quem muitos conservadores haviam depositado suas esperanças, apresenta uma séria desvantagem nas pesquisas em relação a Trump.

Certo é que as pesquisas devem ser vistas com cuidado. Certo é também que DeSantis não se lançou oficialmente na corrida à Presidência. Sua candidatura, porém, não é segredo há algum tempo – alguns anúncios já exibem a frase “DeSantis president” (DeSantis presidente, em tradução literal) – e seu anúncio parece iminente.

Por que o perfil desse ex-jogador de beisebol universitário, casado e pai de três filhos não consegue seduzir mais eleitores? E como Donald Trump, acusado duas vezes no Congresso, considerado culpado em um tribunal de Nova York, ainda gera encantamento?

Eleito governador da Flórida (sudeste), em 2018, DeSantis conseguiu que os holofotes da política se concentrassem em seu estado, transformando-o em laboratório de ideias conservadores nas áreas de educação, imigração ou acesso às armas.

Suas medidas deram a ele fama em nível nacional, mas “é difícil amar DeSantis”, destaca Larry Sabato, cientista político da Universidade da Virgínia, que aponta a falta de carisma do governador.

“Quanto mais conhecemos DeSantis, menos impressionante ele parece. Não é próximo do povo, seus discursos costumam decepcionar e fez várias escolhas estranhas que o prejudicaram”, como adotar posições muito extremas sobre o aborto, enumera esse especialista.

Donald Trump se lançou com tudo na corrida para chegar à Casa Branca e denuncia uma “caça às bruxas” contra ele, um grito de guerra com o qual busca unir suas bases, que o seguem com lealdade.

Sobre sua condenação em um tribunal de Nova York, o ex-presidente (2017-2022) se gaba de ter reunido milhões de dólares graças a esse episódio de grande repercussão midiática.

O magnata republicano enfrenta 34 acusações em Nova York pelo pagamento de um suborno realizado em 2016 à atriz pornô Stormy Daniels para que ela se calasse sobre uma possível relação extraconjugal, porém disse à Fox News que nada o impediria de se apresentar como candidato, nem se fosse condenado.

“Nunca desistiria. Não é a minha, não o faria”, destacou.

Trump, cuja queda foi mil vezes anunciada, sobreviveu até agora a todos os escândalos, como se seu acúmulo não tivesse efeito sobre ele.

Mesmo com boa parte de seu partido soltando sua mão após o ataque de seus apoiadores ao Capitólio – sede do Congresso americano – em 6 de janeiro de 2021, o multimilionário de 76 anos conseguiu recuperar uma influência inegável sobre os Republicanos em poucos meses.

A maioria dos aspirantes republicanos evitaram criticá-lo por seus processos judiciais para evitar conflitos com os eleitores fiéis ao ex-presidente.

Apenas Ron DeSantis ousou fazer e isso lhe rendeu críticas dos trumpistas.

“Os eleitores do Partido Republicanos fizeram dos inimigos de Trump seus próprios inimigos”, explicou Larry Sabato.

Em seu duelo com Trump, DeSantis pode contar com um polpudo fundo eleitoral de 110 milhões de dólares (R$ 544 milhões, na cotação atual), com o qual espera diminuir sua desvantagem, inundando o país de publicidade.

Em um dos vídeos recentes de seu comitê de ação política, vê-se um homem colar um autoadesivo em seu veículo com a frase “DeSantis presidente” sobre outro que dizia “Trump 2016”. É a mensagem que o governador quer enviar aos eleitores: diante do magnata do setor imobiliário, Ron DeSantis encarna a nova guarda Republicana.

Os dois adversários começarão a ver quem tem mais chances em 13 de maio, quando, em eventos separados, farão comícios em Iowa, primeiro estado a organizar as primárias republicanas no início de 2024. As informações são das agências de notícias Reuters e AFP.

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