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Geral Governo exonera coordenadora-geral do Inpe responsável por monitorar a devastação na Amazônia

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A exoneração ocorre após registro de recorde de derrubada de árvores. (Foto: Agência Brasil)

O governo federal publicou no Diário Oficial desta segunda-feira a exoneração da coordenadora-geral de Observação da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Lubia Vinhas, área responsável pela recepção e geração de imagens de satélite e por um sistema de alertas de desmatamento, o Deter, entre outras atribuições.

A exoneração ocorre após registro de recorde de derrubada de árvores. O desmatamento na Amazônia Legal cresceu pelo 14º mês consecutivo em junho, mostraram números preliminares do Inpe, divulgados na semana passada, aumentando a pressão sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro em um momento em que investidores e empresários passaram a cobrar do presidente uma ação mais efetiva contra a destruição da floresta.

De acordo com os dados do Deter, programa de satélite usado para acompanhar em tempo real o desmatamento, a derrubada da floresta aumentou 10,7% em junho, comparado com o mesmo mês do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, a área devastada cresceu 25%, chegando a 3.066 quilômetros quadrados, mostram os dados do Inpe.

Uma fonte que preferiu não ser identificada afirmou, no entanto, que a exoneração não tem relação com os últimos dados e faz parte de uma reestruturação já prevista, que prevê a fusão de três unidades do Inpe, o Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e a Coordenação-Geral de Observação da Terra (OBT).

Ao comentar a saída de Lubia, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia, afirmou que não iria “cobrar” explicação e considerou a exoneração uma situação interna do órgão. “Isso aí é da cozinha interna do ministério”, disse o vice-presidente. “Sai um, entra outro.”

A exoneração, assinada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, foi publicada na edição desta segunda-feira (13) do Diário Oficial da União.

A direção do Instituto divulgou nota afirmando “que as atividades associadas ao monitoramento do desmatamento da Amazônia, bem como as demais atividades operacionais do Instituto continuarão sendo realizadas e tendo como premissas os critérios técnicos e científicos de praxe”.

Segundo o comunicado, “já estava prevista a relocação da Dra. Lubia Vinhas do cargo de Coordenadora-Geral da CGOBT para o cargo de Chefe da Divisão de Projeto Estratégico, que tratará implementação da nova Base de Informações Georreferenciadas (BIG) do INPE, uma demanda do Ministro Pontes. Esta, por sinal, é a área primária de formação e expertise da Dra. Lubia Vinhas”.

Infelizmente, desde 2010, o INPE perdeu mais de 600 servidores sem a devida reposição via concursos públicos. No mesmo período, ocorreu uma demanda cada vez maior de nossa sociedade por produtos singulares do INPE relativos à área de Ciência da Terra como a previsão numérica de tempo e clima, o monitoramento dos biomas brasileiros, dos oceanos e das áreas de agricultura e pecuária, o desenvolvimento de programas de mitigação para cenários de mudanças globais, estudos sobre o balanço de carbono terrestre e oceânico, poluição e eletricidade atmosféricas, assim como de ensino, pesquisa e extensão em áreas relacionadas ao sensoriamento remoto e previsão de tempo e clima. Esses eixos fundamentais de ameaça nos forçaram necessariamente a mudar, visando, em primeiro lugar, aumentar a eficiência dos nossos trabalhos e melhorar nosso atendimento às demandas do governo e da sociedade brasileira em geral”, diz o Inpe.

Ainda segundo o Instituto, “o processo de reestruturação do INPE, desenhado para modernizar o Instituto e adaptá-lo para melhor responder às pressões ora impostas, teve início em outubro de 2019. Desde então e até o final de fevereiro de 2020, ocorreram discussões internas com os servidores do Instituto sobre como o INPE poderia avançar científica e tecnologicamente, além de explorar as possíveis sinergias entre as áreas”. As informações são da agência de notícias Reuters e do Inpe.

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