Segunda-feira, 14 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2022
Um homem foi preso em Balneário Arroio do Silva (SC), na manhã desta terça-feira (19), por suspeita de cometer estupros em série, dopar e roubar mulheres nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina, o homem fazia contato as vítimas, que eram garotas de programa, por meio de um site, e marcava encontros em um local íntimo para cometer os crimes. Pelo menos nove mulheres foram vítimas do suspeito, segundo a polícia.
A prisão ocorreu em operação conjunta entre a Polícia Civil de Santa Catarina e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A ação foi realizada por policiais civis de Araranguá (SC) e de Vacaria (RS), no amanhecer, em uma residência localizada em Balneário Arroio do Silva, no Sul catarinense.
Os mandados judiciais de prisão temporária, busca e apreensão e coleta coercitiva de DNA foram expedidos pela Justiça da Comarca de Araranguá após a representação pela delegada titular da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Araranguá contra o homem, de 33 anos.
Ele estava foragido da Justiça, pois já tinha contra si mandado de prisão em aberto pela Vara das Execuções Criminais de Pelotas (RS), com validade até o ano de 2037, por crimes de porte ilegal de arma de fogo, roubo majorado e homicídio qualificado. O preso é natural de Passo Fundo (RS). Foi apreendida uma arma de fogo utilizada pelo homem: uma pistola, calibre 765, com numeração adulterada e 29 munições.
O primeiro fato foi registrado no dia 23 de fevereiro de 2022 (1 vítima); o segundo em 5 de março de 2022 (1 vítima) e o terceiro caso, ocorrido no final de setembro de 2021 (2 vítimas) não tinha sido registrado até chegar ao conhecimento da DPCAMI.
“Foram instaurados inquéritos policiais e apurou-se que se tratava do mesmo suspeito, que ainda não estava identificado, pois a forma de agir era idêntica em todos os casos. O homem fazia contato com garotas de programa por um site de encontros e marcava o encontro em local íntimo, onde estuprava as vítimas com uso de uma arma de fogo, amarrando-as. Após o estupro, roubava pertences pessoais das vítimas e as obrigava a fazer depósitos. Por fim, obrigava que elas ingerissem remédio de uso controlado, dopando-as. Entre as vítimas em SC e no RS, há quatro mulheres trans”, informou a polícia.
No decorrer das investigações, a DPCAMI de Araranguá teve notícia de outras duas vítimas de crimes ocorridos em Araranguá. Porém, elas não registraram o fato, com receio, pois foram ameaçadas pelo investigado.
Durante as investigações, com o apoio de policiais civis de Araranguá, policiais civis de Vacaria entraram em contato com os policiais da DPCAMI e informaram que na cidade gaúcha ocorreram outros 3 crimes, todos com o mesmo modus operandi, tendo uma das vítimas sido espancada com violência.
“Por se tratar de foragido, desconhecido das vítimas, foi uma investigação complexa e difícil, que teve a autoria descoberta após trabalho de todos os policiais civis, catarinenses e gaúchos”, informou a Polícia Civil de Santa Catarina.