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Economia Indicação de Dilma para presidir o banco dos Brics será também uma forma de reaproximar o Brasil da China

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Governo recebeu sinal verde dos países membros para prosseguir com a indicação. (Foto: Getty Images)

O governo brasileiro recebeu sinal verde de países que integram o Brics para a indicação da ex-presidente Dilma Rousseff para a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), segundo integrantes da gestão petista.

Foi feita uma sondagem informal pelo governo brasileiro a dirigentes da Rússia, China, Índia e África do Sul. E a resposta teria sido positiva de todos os integrantes do bloco de países. Com a sinalização, a articulação neste momento é pela saída do o ex-diplomata Marcos Troyjo do comando da instituição financeira.

A sede do banco fica em Xangai. Os aliados da petista lembram que a instituição financeira foi criada em 2015, durante o seu governo, e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sondou Dilma sobre a possibilidade de ela ocupar um posto em organismo internacional.

A expectativa é de que Dilma acompanhe Lula em viagem a Pequim, programada para março. A estratégia seria de transformar a presença da ex-presidente em mais um elemento de pressão pela mudança no comando do Banco dos Brics.

Salário

A ex-presidente Dilma deve receber um salário de pelo menos R$ 290 mil por mês caso seja confirmada a indicação do nome dela para a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o “Banco do Brics”. Dilma será a primeira mulher brasileira a dirigir um banco multilateral.

Segundo o último balanço anual divulgado pelo NBD, o total pago em salários e benefícios aos seis postos de chefia do banco — formados pela presidência e cinco vice-presidências — é de US$4 milhões por ano. O relatório contábil não discrimina o valor pago a cada um e informa somente o gasto global.

Atualmente a instituição financeira tem uma carteira que soma US$ 32,8 bilhões financiados em 96 projetos pelo mundo. A meta, segundo relatório divulgado banco, pelo é investir mais cerca de US$ 30 bilhões até 2026.

Desenvolvimento

O NDB é um dos oito grandes bancos de desenvolvimento mundiais, ao lado de órgãos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Europeu de Investimento, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Asiático de Desenvolvimento, Banco Mundial, entre outros.

À frente do NDB, Dilma terá como missão mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos Brics e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento. No total, o Brasil já recebeu mais de US$ 5 bilhões do NBD desde sua fundação.

A China lidera esse ranking com mais de US$ 8 bilhões. Segundo um interlocutor da ex-presidente, sua indicação para presidir o banco seria também uma forma de reaproximar o Brasil da China, já que Dilma mantém boas relações com o presidente chinês Xi Jinping, que já estava no poder durante seu mandato.

O foco do banco é o financiamento de projetos de energia limpa e eficiência energética, infraestrutura de transportes, saneamento básico, proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Tanto empresas privadas quanto órgãos públicos podem ter empréstimos aprovados pelo Banco dos Brics.

Obras financiadas

Entre alguns dos grandes projetos aprovados em 2022 estão a construção de uma linha de metrô na Índia e uma ponte rodoviária na China. No Brasil, foram aprovados no ano passado ações como um empréstimo para a prefeitura de Aracaju investir um valor de US$105 milhões para obras de saneamento básico, drenagem, pavimentação e recuperação de vias.

O NDB também aprovou um investimento de US$ 300 milhões para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realizar obras. Outro recurso destinado ao Brasil foi um valor de US$ 100,15 milhões para a Companhia Energética de Brasília (CEB) investir em lâmpadas de LED da iluminação pública da capital federal e construir uma usina solar fotovoltaica.

A instituição financeira foi fundada em 2014 e tem como sócios principais seus países fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Porém, o banco só passou a operar em 2016.

Combinados, os países sócios-fundadores somam 26% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e concentram 42% da população. Recentemente a instituição que fica sediada em Xangai também admitiu como novos membros Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai.

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