Segunda-feira, 14 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2021
País é o mais atingido pelo coronavírus no sudeste asiático
Foto: ReproduçãoA Indonésia anunciou nesta terça-feira (05) que iniciará a imunização em massa contra a Covid-19 no dia 13 com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech.
O ministro da Saúde, Budi Gunadi Sadikin, informou que o presidente Joko Widodo será o primeiro cidadão que receberá a dose da vacina. A Indonésia já recebeu 3 milhões de doses da CoronaVac e tem acordo também com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca, que desenvolve um imunizante em parceria com a Universidade de Oxford. Ao todo, o país garantiu 329 milhões de doses de vacinas.
Além da Indonésia, quatro países preveem usar a CoronaVac: Chile, China, Turquia e Brasil, onde a vacina é testada em parceria com o Instituto Butantan. O governo de São Paulo anunciou no fim de dezembro que o imunizante é eficaz, mas adiou a divulgação dos resultados da terceira fase de testes.
Já a Turquia afirmou que a CoronaVac tem eficácia de 91,25% contra o coronavírus. Quarto país mais populoso do mundo, com mais de 265 milhões de habitantes, a Indonésia é o mais atingido pela pandemia no sudeste asiático, com 22 mil mortes e 772 mil casos confirmados, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.
Estratégia polêmica
O governo indonésio anunciou uma estratégia de imunização que recebeu críticas da comunidade científica internacional. Em vez de priorizar idosos, profissionais de saúde e pacientes de grupos de risco, o país decidiu iniciar a vacinação em pessoas de 18 a 59 anos.
O objetivo é impedir a disseminação do vírus pelo grupo que tem mais mobilidade e, segundo o governo, está mais exposto à contaminação. As autoridades de saúde alegam ainda que essa faixa etária também apresenta o maior número de pacientes assintomáticos. A Indonésia vai na contramão das dezenas de países que começaram suas campanhas de vacinação e preferiram proteger o público mais vulnerável.