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Política Janja diz que a ministra Marina Silva “não se curvará a um bando de misóginos”

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"Sua bravura nos inspira e sua trajetória nos orgulha imensamente", disse Janja. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, defendeu nessa terça-feira (27), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, após ela se retirar de uma audiência do Comitê de Infraestrutura do Senado após um bate-boca com os senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO). Segundo Janja, Marina “não se curvará a um bando de misóginos”.

“Sua bravura nos inspira e sua trajetória nos orgulha imensamente. Uma mulher reconhecida mundialmente por sua atuação com relação à preservação ambiental jamais se curvará a um bando de misóginos que não têm a decência de encarar uma ministra da sua grandeza”, afirmou Janja no Instagram.

Na sessão dessa terça, Marina deixou a audiência pública do Senado após uma série de discussões com oposicionistas. A chefe do Meio Ambiente disse ter se sentido desrespeitada no encontro, convocado para debater a criação de unidades de conservação na Margem Equatorial.

A ministra foi alvo de ao menos três parlamentares ao participar de audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, nessa terça.

A discussão começou quando Marina disse que se sentiu ofendida por falas do senador Omar Aziz (PSD-AM) e questionou a condução dos trabalhos feita por Marcos Rogério, que presidia a sessão na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Rogério havia cortado o microfone de Marina várias vezes, impedindo-a de falar, e ironizou as queixas dela. A ministra respondeu dizendo que ele gostaria que ela “fosse uma mulher submissa”. “E eu não sou”, completou Marina.

Sentado ao lado da ministra, Marcos Rogério olhou para ela e disse: “Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar”. A declaração provocou novo tumulto e ele tentou se explicar. Disse que, na verdade, referia-se ao “lugar” de Marina como ministra de Estado.

Os ânimos continuaram exaltados. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou que era preciso separar a mulher da ministra porque, segundo ele, a “mulher merece respeito e a ministra, não”.

Não é a primeira vez que Valério ofende Marina. Em março, em evento no Amazonas, ele afirmou que tinha “vontade de enforcá-la”. Na ocasião, a ministra rebateu a declaração do parlamentar.

Em entrevista à GloboNews, a ministra afirmou que se sentiu agredida, mas que saiu fortalecida durante os embates na Comissão de Infraestrutura do Senado.

“Eu saí dali mais fortalecida. Eles não conseguiram me intimidar”, disse a ministra na entrevista. “Ninguém vai dizer qual é o meu lugar.”

Durante a entrevista, Marina negou que tenha faltado apoio dos parlamentares da base governista ao ser atacada no Senado, e disse que Lula ligou para ela após a repercussão das ofensas. “Me senti respaldada”.

“O presidente Lula fez questão de ligar para mim […] Eu fiz questão de perguntar como ele estava, porque eu estava preocupada com a saúde dele, não queria levar mais questões. E ele fez a questão de dizer: ‘Passei a me sentir melhor depois que você tomou a decisão de se retirar daquela comissão. Você fez o que era certo, de não tolerar desrespeito'”. (Com informações do Estado de S. Paulo)

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