Terça-feira, 12 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 17 de fevereiro de 2021
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em entrevista à CNN americana na noite de terça-feira (16) que a China “pagará o preço por abusos de direitos humanos”.
A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre o tratamento do governo de Xi Jinping a minorias muçulmanas em Xinjiang, região do oeste da nação asiática.
O presidente chinês, Xi Jinping, recebe críticas globais por manter a minoria uigur em campos de trabalho e outros abusos de direitos humanos.
“Bem, haverá repercussões para a China, e ele sabe disso”, disse Biden a respeito de Xi. “Os EUA reafirmarão seu papel global na defesa dos direitos humanos”, prosseguiu Biden, acrescentando que trabalhará com a comunidade internacional para fazer a China protegê-los.
“A China está se esforçando muito para se tornar uma líder mundial, e para receber esta alcunha e ser capaz disso, eles têm que conquistar a confiança de outros países”, disse Biden em sua primeira entrevista oficial desde que tomou posse, em 20 de janeiro.
“Enquanto estiverem envolvidos em atividades que são contrárias aos direitos humanos básicos, será difícil para eles”, acrescentou o presidente dos EUA.
Primeiro contato
Biden realizou o primeiro contato diplomático com o presidente da China, Xi Jinping na última semana. De acordo com comunicado emitido pela Casa Branca sobre a conversa, que foi realizada na última quarta-feira, o democrata mandou saudações a toda população chinesa pelo Ano Novo Lunar, celebrado na sexta (12), e afirmou as prioridades do novo governo.
De acordo com Biden, as metas da nova administração incluem a manutenção da segurança, prosperidade, saúde e do modo de vida norte-americano. Ele também frisou a importância da paz e da liberdade indo-pacífica.
O presidente aproveitou a oportunidade para fazer críticas ao que chamou de “práticas econômicas injustas e coercitivas”, às manifestações por liberdade política em Hong Kong, às violações aos direitos humanos em Xinjiang — onde a população minoritária da etnia uigur passa por intenso conflito com a população chinesa — e às ações “assertivas” na região de Taiwan.
Xi Jinping argumentou que eventuais confrontos entre as duas potências econômicas seriam desastrosos, e afirmou que as questões territoriais citadas pelo presidente americano deveriam ser encaradas “com cautela”, já que são consideradas pontos de “soberania e integridade territorial” do país.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, o governo chinês havia se manifestado previamente solicitando que os Estados Unidos se mantivessem distantes das questões citadas por Biden.