Terça-feira, 01 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de março de 2022
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou Vladimir Putin, da Rússia, de “criminoso de guerra” pela invasão à Ucrânia. Ele fez o comentário após anunciar uma ajuda militar de mais US$ 800 milhões para os ucranianos nesta quarta-feira (16).
“Eu acho que ele é um criminoso de guerra”, disse Biden a repórteres após um evento na Casa Branca.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu ao comentário do presidente americano e disse que eles são “inaceitáveis e de uma retórica imperdoável”, segundo reportagem da agência russa TASS.
No ano passado, Biden já havia classificado o presidente russo como um assassino. Na ocasião, ele falou em uma entrevista veiculada pela emissora ABC News.
O entrevistador George Stephanopoulos perguntou: “Você conhece Vladimir Putin, você pensa que ele é um assassino?”.
“Eu penso”, respondeu Biden.
Ajuda militar
Mais cedo, Biden anunciou uma ajuda militar no valor de US$ 800 milhões para a Ucrânia. Com o valor, aumenta para US$ 1 bilhão a ajuda americana para o país europeu apenas nesta semana.
“A pedido do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, estamos ajudando a Ucrânia a adquirir sistemas de defesa antiaérea adicionais e de longo alcance”, disse Biden.
Segundo o americano, a ajuda incluirá drones e sistemas antiaéreos.
“[A ajuda] inclui 800 sistemas antiaéreos para garantir que os militares ucranianos possam continuar a deter os aviões e helicópteros que estão atacando seu povo”, disse Biden.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o governo americano não está vendo a Rússia tomar nenhuma ação para diminuir os ataques.
Segundo ela, uma desescalada poderia sugerir algum progresso nas negociações entre líderes russos e ucranianos, que se reúnem nesta semana para tratar de um possível cessar-fogo.
Discurso de Zelensky
Horas antes, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um discurso emblemático e em tom de ultimato na sessão conjunta do Congresso dos Estados Unidos. O chefe do país que vem sendo atacado pela Rússia desde 24 de fevereiro voltou a pedir apoio internacional. Também avisou que a investida do presidente russo, Vladimir Putin, está cada vez mais violenta.
O pronunciamento, exibido nessa quarta ao vivo, Zelensky detalhou o sofrimento da população ucraniana e repetiu que se o conflito não tiver um cessar-fogo, o mundo estará em risco. “Nunca pensamos em desistir de defender a Ucrânia”, frisou. O mandatário ucraniano defendeu a criação de uma “união de países que parem conflitos rapidamente”.
A Ucrânia viveu mais uma madrugada de ataques massivos. “É uma ofensa brutal aos nossos valores humanos básicos. Tanques contra a liberdade de escolhermos o nosso futuro”, criticou.
Na fala, Zelensky citou o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 e o comparou com o ataque a Pearl Harbor, que foi usado como motivação para os Estados Unidos entrarem na 2ª Guerra Mundial. “Estamos vivendo isso todas as noites há três semanas em todas as cidades. A Rússia transformou o céu da Ucrânia em uma fonte de mortes. Eles já dispararam mil mísseis contra a Ucrânia”, frisou.
Ele voltou a pedir uma zona de exclusão aérea da Ucrânia. A medida proíbe a circulação de a qualquer aeronave de voar na região e permite o abatimento, em caso de desrespeito.