Segunda-feira, 14 de julho de 2025

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Mundo No Brics, Lula destaca cenário global mais adverso e critica guerras

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Para Lula, a representatividade e a diversidade do Brics torna o bloco capaz de promover a paz, prevenir e mediar conflitos. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesse domingo (6) na 17ª Cúpula do Brics — que ocorre no Rio de Janeiro e vai até esta segunda (7). Segundo Lula, o encontro ocorre em um momento de “cenário global mais adverso”, com “número inédito de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial”.

Além disso, o chefe do Executivo criticou guerras, em oposição às expectativas iniciais de deixar o assunto para um segundo plano.

Também afirmou que decisão recente da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — em aumentar gastos com defesa — alimenta a corrida armamentista.

“É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento”, disse.

“Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz”, prosseguiu o presidente. Segundo ele, falta “prioridade política”.

Na ocasião, ao citar a Organização das Nações Unidas (ONU), Lula afirmou que o mundo presenciou o “colapso do multilateralismo”. E que as reuniões do Conselho de Segurança da ONU reproduzem um enredo que todos conhecem: de “perda de credibilidade e paralisia”.

“A ONU completou 80 anos no último dia 26 de junho e presenciamos colapso sem paralelo do multilateralismo”, pontuou.

Lula também voltou a usar a palavra “genocídio” para se referir ao conflito na Faixa de Gaza. E destacou que o governo brasileiro denunciou o que chamou de “violações à integridade territorial do Irã”, assim já havia feito no caso da Ucrânia.

“Não podemos permanecer indiferentes ao genocídio praticado por Israel em Gaza. A solução só será possível com o fim da ocupação israelense e o estabelecimento um Estado palestino soberano”, justificou.

“Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente, é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade”, arrematou.

Segundo o presidente brasileiro, a representatividade e a diversidade do Brics torna o bloco capaz de promover a paz, prevenir e mediar conflitos. Nesse contexto, Lula reforçou a ideia de reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Justiça tributária

Ainda no primeiro dia de compromissos da cúpula do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do combate à sonegação de impostos. Ele também defendeu que mecanismos para aumentar a carga tributária sobre os mais ricos são “fundamentais”.

“O modelo neoliberal aprofunda as desigualdades. Três mil bilionários ganharam US$ 6,5 trilhões desde 2015. Justiça tributária e combate à evasão fiscal são fundamentais para consolidar estratégias de crescimento inclusivas e sustentáveis, próprias para o século XXI”, declarou.

O discurso está alinhado com a estratégia deflagrada pelo Palácio do Planalto ao longo das últimas semanas para fazer frente à derrubada, pelo Congresso, dos aumentos de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ministros e aliados de Lula argumentam que o aumento do IOF não tinha viés somente arrecadatório. Além de garantir a meta fiscal, a medida estaria em um conjunto de ações de “justiça tributária”, termo que o governo adotou nas redes sociais e em entrevistas para apresentar suas propostas.

Nas redes sociais, o PT lançou uma campanha para defender a agenda econômica do Palácio do Planalto. O tema central das peças publicitárias é a taxação dos super-ricos, com a legenda “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”.

Lula, por sua vez, tem reforçado a defesa do aumento da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, que o governo prevê compensar com a cobrança de um tributo mínimo sobre rendas mais altas.

Multilateralismo 

No Fórum Empresarial do Brics no sábado (5), evento que antecedeu o encontro de líderes, Lula defendeu o multilateralismo entre nações para superar desafios econômicos.

No discurso aos empresários e representantes dos países do Brics, Lula também falou sobre a necessidade de criação de uma “governança multilateral” para regras sobre inteligência artificial, além de “diretrizes claras” sobre o assunto.

No mesmo dia, o presidente participou de reuniões bilaterais com lideranças de países membros e parceiros do Brics — ocasião em que trocou presentes e definiu compromissos.

O Brics é um fórum de articulação político-diplomática e de cooperação em diversas áreas. Na presidência rotativa, cada país propõe eixos de discussão.

Anualmente, os chefes de Estado se encontram para debater os eixos sugeridos e assinar a declaração conjunta.

O Brasil assumiu a presidência do bloco em 1º de janeiro de 2025 e escolheu o Rio de Janeiro — mais precisamente o Museu de Arte Moderna, o MAM — para sediar a cúpula.

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https://www.osul.com.br/lula-destaca-cenario-global-mais-adverso-e-critica-guerras/ No Brics, Lula destaca cenário global mais adverso e critica guerras 2025-07-06
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