Quarta-feira, 02 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de junho de 2020
Manifestantes que participaram de um ato antirracista neste domingo (7) em Bristol, no Sul da Inglaterra, derrubaram a estátua do traficante de escravos Edward Colston (1636-1721) e depois a jogaram em um rio que corta a cidade.
Protestos antirracismo vêm ocorrendo pelo mundo desde a morte de George Floyd, cidadão negro sufocado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos, no dia 29 de maio.
Colston fez fortuna no final do século 17. Estima-se que ele tenha transportado 84 mil homens, mulheres e crianças negociados como escravos na África ocidental – 19 mil morreram na jornada para o Caribe e para as Américas.
A estátua em tributo ao escravocrata havia sido erguida em 1895. A imprensa local informou que a homenagem sofria críticas fazia muito tempo, tendo sido alvo de diversas petições, a última com mais de 10 mil assinaturas.
Para derrubá-la, os manifestantes usaram uma corda. Depois, alguns colocaram o joelho sobre a estátua, em referência à ação policial que terminou com o assassinato de George Floyd.
Espanha e Itália
Milhares de espanhóis e italianos foram às ruas, neste domingo (7), para denunciar o racismo e a repressão policial no mundo.
Manifestações antirracismo ocorrem pelo mundo desde a morte de George Floyd, cidadão negro sufocado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos.
Em Madri, capital da Espanha, cerca de 3.000 manifestantes – conforme estimativa da polícia local – reuniram-se em frente à embaixada dos Estados Unidos e repetiram as últimas palavras de Floyd: “Não consigo respirar”.
Também entoaram mensagens como “Não há paz sem justiça”, ou “Vocês, racistas, vocês são terroristas!”.
O grupo se ajoelhou por um minuto, em silêncio. Na sequência, caminhou pacificamente rumo à emblemática Puerta del Sol, no coração da capital da espanhola.
Em Barcelona, no nordeste do país, centenas de manifestantes lotaram a Plaza de Sant Jaume, uma das principais da cidade. Usando máscaras e mantendo distância uns dos outros, espalharam cartazes em inglês para denunciar o racismo na Espanha e na Europa.
A organização Comunidade Negra, Africana e Afrodescendente na Espanha (CNAAE) convocou manifestações em dez cidades do país: de Pamplona, no norte, até o arquipélago das Canárias, na costa oeste da África.
Em Roma, uma manifestação espontânea surgiu na famosa Piazza del Popolo, com milhares de jovens ajoelhados em silêncio e de punhos erguidos, por quase nove minutos. Foi durante esse tempo que o policial manteve o joelho pressionado no pescoço de Floyd, até ele sufocar.
Quando os manifestantes se levantaram, também gritaram: “Não consigo respirar!”.
A indignação que levou milhares de americanos a irem às ruas após o assassinato de George Floyd, em 25 de maio, nos EUA, espalha-se, progressivamente, pelo mundo. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.